Hospitais da região enfrentam alta procura por atendimento e leitos lotados

O Hospital Municipal de Novo Hamburgo enfrenta superlotação desde o início do ano. Segundo a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), a taxa média de ocupação no primeiro trimestre foi de 130%. Na manhã desta quinta-feira (22), havia 214 pacientes internados, além de seis que aguardavam por leito, enquanto a capacidade ideal é de 197 pacientes.

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Hospital Municipal de Novo Hamburgo. | abc+



Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

Foto: Paola Altneter/GES-Especial

Nos corredores da emergência do hospital, uma idosa de 75 anos aguardava ser chamada para uma tomografia com contraste. Ela chegou por volta das 18 horas de quarta-feira (21), realizou um hemograma completo e uma tomografia normal, mas a causa das dores estomacais, náuseas e vômitos que ocorrem há cerca de dois meses não foi identificada. Sua filha, preocupada e receosa de se ausentar, a acompanha há mais de doze horas, sem comer ou dormir.

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Outro paciente à espera de um leito era um jovem de 21 anos, que chegou de ambulância após uma descompensação do quadro de esquizofrenia. Sua esposa relatou que ele não recebeu medicação, o que preocupava a família diante da possibilidade de novas crises.

Atendimento médico

Atualmente, os principais motivos para a busca de atendimento médico em Novo Hamburgo estão relacionados a sintomas de virose, como vômitos, problemas estomacais e dores no corpo, além de casos respiratórios. De acordo com a FSNH, foi registrado um aumento no atendimento médico nas últimas semanas. Na UPA Canudos, a média diária de atendimentos é de 260 pacientes, na UPA Centro, de 275, e no Hospital Municipal, cerca de 80 pacientes por dia.

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Pela região

Em Sapiranga, o Hospital Sapiranga está com as enfermarias lotadas e a emergência operando acima de 100% da capacidade total. Já em Campo Bom, a ocupação do Hospital Dr. Lauro Reus (HLR) corresponde a 70% da capacidade de internações.

Para garantir atendimento a todos que necessitarem, as unidades de saúde dos bairros Operária, Porto Blos e Santa Lúcia passaram a abrir mais cedo e fechar mais tarde, funcionando das 7 às 19 horas. No segundo semestre, com a conclusão das obras no HLR, o Pronto Atendimento passará a operar junto ao hospital, atendendo 24 horas por dia — sete a mais do que atualmente.

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Em Estância Velha, o Hospital Municipal Getúlio Vargas está com 94% de ocupação da capacidade de internações. Segundo a assessoria da Prefeitura, por meio da mobilização da Secretaria de Saúde (SMS), será realizada a Operação Inverno, prevista para ocorrer de 2 de junho a 31 de agosto.

Durante a operação, o Centro de Especialidades contará com um espaço exclusivo para atender casos de doenças de inverno e respiratórias, ajudando a reduzir a demanda no Hospital Municipal Getúlio Vargas. No local, a comunidade terá acesso a um médico, uma enfermeira, um técnico em enfermagem e recepção.

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