Israel acusa Europa de “incitação antissemita” após ataque a tiros em Washington

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, acusou nesta quinta-feira (22) autoridades europeias não identificadas de “incitação antissemita tóxica”, responsabilizando-as por um clima hostil, depois que dois funcionários da embaixada israelense em Washington foram mortos por ataque a tiros.

Israel tem enfrentado uma série de críticas da Europa nos últimos tempos, à medida que intensificou sua campanha militar em Gaza, onde grupos humanitários alertaram que um bloqueio israelense de 11 semanas aos suprimentos de ajuda deixou o enclave palestino à beira da fome.

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Saar não citou países ou autoridades, mas disse que o clima de hostilidade em relação a Israel estava por trás do ataque contra os funcionários da embaixada Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim do lado de fora de um museu judaico em Washington na quarta-feira.

Em uma entrevista coletiva em Jerusalém, Saar afirmou que o ataque foi um resultado direto do “incitamento antissemita tóxico contra Israel e judeus em todo o mundo” desde o ataque transfronteiriço de militantes do Hamas a Israel em outubro de 2023.

“Há uma linha direta ligando o incitamento antissemita e anti-Israel a esse assassinato”, disse ele. “Esse incitamento também é feito por líderes e autoridades de muitos países e organizações, especialmente da Europa.”

Saar se recusou a identificar qual líder ou quais autoridades ele tinha em mente. Mas suas falas foram feitas depois de palavras cada vez mais duras dos aliados ocidentais de Israel, incluindo França e Reino Unido, que se juntaram ao Canadá nesta semana para alertar sobre uma possível “ação concreta” contra Israel por causa de sua guerra em Gaza.

Autoridades dos EUA disseram que um suspeito que entoou slogans pró-palestinos estava sob custódia. O presidente Donald Trump e uma ampla gama de líderes europeus e outros líderes estrangeiros condenaram o ataque.

Saar disse que a “atmosfera global” contra Israel piorou drasticamente desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas e fez 251 reféns em Gaza.
Desde então, a campanha aérea e terrestre de Israel matou mais de 53.000 palestinos e devastou o território densamente povoado, atraindo protestos em massa em todo o mundo.

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