Professor suspeito de assédio sexual contra 5 alunas em SP é afastado

Um professor de educação física suspeito de importunar sexualmente cinco alunas de uma escola municipal de São Vicente, no litoral de São Paulo, foi afastado de suas atividades. O profissional é acusado de tocar e apalpar o corpo de meninas de 10 anos durante uma aula de exame biométrico, enquanto aferia a altura e peso dos alunos. Ele nega as acusações.

O caso aconteceu no dia 23 de abril deste ano, mas foi registrado um boletim de ocorrência apenas no dia 14 deste mês. Na ocasião, o vice-diretor da unidade de ensino foi alertado pelas estudantes e procurou a polícia.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados ao local e conduziram as partes à delegacia. No registro do boletim de ocorrência, o docente foi acusado de realizar toques nas alunas, além de empurrar uma delas contra a parede e apertar o pescoço. Outro depoimento aponta que o professor teria falado que estava “no ponto” para uma das estudantes.

Professor nega as acusações

Procurada pelo Metrópoles, a defesa do investigado negou todos os fatos registrados no boletim de ocorrência. Os advogados confirmaram a realização de exame biométrico, contudo, negaram qualquer tipo de toque, gesto ou fala obscena contra as garotas.

“Em momento algum era realizado toques nas alunas e alunos em qualquer parte do corpo. [O professor] Também não apertou ou empurrou o pescoço de qualquer estudante, bem como não falou para nenhuma aluna que estava ‘no ponto’”, sinalizou a defesa.

De acordo com o escritório, o professor não ocupava a titularidade na escola e estava apenas cobrindo a licença de outra docente responsável pelas aulas. A defesa diz, ainda, que a relação entre o professor e os estudantes sempre foi tranquila.

O profissional afirma estar à disposição da Polícia Civil e autoridades para demais esclarecimentos.

O que diz a Secretaria da Educação

Após tomar ciência das acusações, a Secretaria da Educação de São Vicente afastou cautelarmente o professor. Por meio da prefeitura local, em nota, a autoridade reforçou que deu início às medidas cabíveis e que presta suporte psicológico e de saúde para as alunas.

Além disso, o serviço de escuta especializada foi acionado e trabalha com as crianças para esclarecimento dos fatos. A administração municipal acrescentou que segue acompanhando todos os andamentos do processo, reafirmando seu compromisso para o bem-estar das crianças e repudiando toda e qualquer ocorrência de assédio.

O caso foi registrado como importunação sexual no 3º Distrito Policial (São Vicente) e diligências da Polícia Civil buscam esclarecer os fatos.

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