Braskem (BRKM5): notícia de oferta de Tanure pela petroquímica faz ação saltar 9,15%

As ações da Braskem (BRKM5) fecharam com ganhos de 9,15%, cotadas a R$ 11,09, após a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiar que Nelson Tanure havia feito uma oferta para a aquisição da petroquímica. Posteriormente, Reuters, Broadcast e Valor Econômico também informaram sobre a oferta, citando fontes.

Atualmente, a Novonor (antiga Odebrecht) detém 50,1% das ações com direito a voto da Braskem, enquanto o restante está nas mãos da Petrobras. No entanto, qualquer mudança no controle da companhia precisa ser negociada também com os principais bancos credores: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.

As conversas indicam que a participação da Odebrecht deve ser reduzida para cerca de 5%.

A dívida líquida da Braskem atingiu US$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre — um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2024. A situação financeira da empresa tem se deteriorado rapidamente.

Mais detalhes do plano

 Segundo o Broadcast, a negociação envolveu o empresário e a companhia, que também tem buscado um comprador para sua parte na petroquímica, em esforço paralelo ao do banco de investimento Morgan Stantey e o BTG Pactual, que trabalham na venda há bastante tempo.

Segundo as pessoas que acompanham o caso, os bancos credores da Novonor, que têm as ações da Braskem em garantia a empréstimos concedidos no passado pela então Odebrecht, foram comunicados sobre tal oferta na quinta-feira, 22, à noite. A apresentação dos termos de tal proposta deve ser feito na segunda-feira, 26.

A Novonor deve manter uma fatia na empresa, como vinha defendendo em todas as propostas feitas anteriormente, afirmou uma dessas pessoas. Posteriormente, conversas devem acontecer também com a Petrobras, que é sócia da Novonor na Braskem.

Os bancos credores vinham em processo acelerado para conversão dessas garantias em ações e alocá-las em um fundo de investimento em participações (FIP), que seria gerido pela gestora Geribá, que não faz mais parte do plano. Os bancos já discutiam aspectos de governança com a Petrobras dentro do plano alternativo à venda da petroquímica. Um novo acordo de acionistas também era discutido.

A expectativa era que um memorando de entendimento entre os bancos e a petrolífera envolvendo o controle compartilhado da Braskem fosse divulgado no primeiro semestre e um acordo final no final do ano.

A dívida da Novonor com Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) supera R$ 15 bilhões. Dentro de seu plano de assumir os 50% da Braskem, os bancos vinham defendendo que seria necessário fazer a empresa gerar resultado para fazer frente à dívida. A companhia tem valor de mercado hoje de R$ 8,5 bilhões.

A discussão de preço, portanto, se mostra um ponto a ser observado nas discussões com Tanure.

A venda da Braskem faz parte do plano de recuperação judicial da Novonor. A companhia sustenta que precisa manter uma fatia na empresa para honrar compromissos financeiros do plano.

(com Estadão Conteúdo)

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