Ex-jornalista da Record denuncia atendimento médico após nova crise

O jornalista Elian Matte, ex-produtor da Record demitido após denunciar um ex-diretor da emissora por assédio sexual, teve uma nova crise depressiva no último fim de semana e precisou ser atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Canavieiras, em Florianópolis. Ele denuncia que o atendimento médico foi “precário” e que não recebeu nenhuma documentação assinada.

A coluna Fabia Oliveira conversou com o ex-produtor. O relato a seguir pode gerar gatilhos, por isso, caso você seja sensível ou tenha problemas relacionados, é melhor ter cautela.

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Burnout e depressão

Diagnosticado com síndrome de burnout e depressão crônica, Elian afirmou que teve uma nova crise no último sábado (17/5). “Eu tinha ficado um tempo bem, mas tive uma crise bem forte”, disse. “É difícil de tratar, demora. Não sei explicar, fissurei muito no remédio mesmo, na intenção de querer morrer”, lamentou o jornalista.

“Quando acontece, é como se não fosse eu. Fui à farmácia e comprei uma agulha dessas de doar sangue. Furei uma veia do braço. Depois de tomar a medicação, eu fico anestesiado, não sinto dor. Perdi muito sangue. Um familiar, quando acordou, viu que eu estava ensanguentado. Eu apaguei”, disse.

O Corpo de Bombeiros foi chamado e Elian foi levado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no norte da ilha, mas reclama do atendimento. “Bem ruim, a médica fez um prontuário que ela esqueceu de assinar. Sai sem nenhuma documentação. Não colocou nada da perda sanguínea, do furo na veia. Um atendimento precário”, afirmou.

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Elian Matte, ex-produtor da Record que denunciou assédio tenta suicídio novamente

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Elian Matte era editor do programa de Roberto Cabrini, Câmera Record

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Elian Matte, jornalista da Record TV , que denunciou assédio na emissora

Reprodução

Cuidar da saúde

Elian disse que está precisando de internação psiquiátrica para cuidar da saúde. “Não adianta mais acompanhamento”, lamentou. Ele pediu uma declaração da médica para entrar com um mandado de segurança após a nova crise. “Abri uma reclamação na ouvidoria, mas me disseram que a médica não tem obrigação de fazer essa declaração. Não tenho um documento oficial”.

A coluna procurou a Secretaria de Saúde de Florianópolis para comentar o caso, mas até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Em abril, sua demissão da Record completou dois anos e ele denuncia que ainda não recebeu nem mesmo o seguro desemprego. “Estou dependendo 100% da minha família, não tenho renda. É uma situação constrangedora. Não entendo, porque não fui demitido por justa causa. Queria pedir a urgência para liberar meu seguro”.