Juíza barra medida de Trump contra estrangeiros em Harvard

A Justiça dos Estados Unidos suspendeu, nesta sexta-feira (23), uma medida da gestão do ex-presidente Donald Trump que proibia a permanência de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard. A decisão foi proferida pela juíza Allison Burroughs, do Tribunal Federal de Boston, que atendeu a uma ação movida pela própria universidade.

Harvard alegou que a proibição imposta pelo governo republicano violava a Primeira Emenda da Constituição norte-americana e diversas leis federais. A instituição também alertou para os impactos sociais e educacionais da medida, que poderia afetar cerca de 7 mil alunos internacionais. “Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”, declarou em nota. “Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil.”

A ordem federal suspendia a permanência de alunos estrangeiros a partir do ano letivo de 2025-2026, permitindo apenas que os formandos do atual semestre concluíssem seus cursos. Novos estudantes, já aprovados para iniciar as aulas em setembro, também seriam impedidos de ingressar, a menos que o governo voltasse atrás ou a Justiça mantivesse a suspensão.

O veto foi interpretado como retaliação à resistência de Harvard em cumprir exigências do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Entre as condições impostas estavam o repasse de registros disciplinares de estudantes estrangeiros e a entrega de gravações de protestos ocorridos no campus — demandas que a universidade havia se recusado a atender.

Segundo o secretário interino de Segurança Interna, Harvard teria um prazo de 72 horas para cumprir essas exigências e recuperar o status de instituição autorizada a receber alunos internacionais. Até a última atualização, o governo federal não havia informado se pretende recorrer da decisão judicial.

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