UFG: funcionários do Hospital das Clínicas fazem paralisação nesta 6ª

Goiânia – O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/EBSERH), em Goiânia, funciona com restrições desde quinta-feira (22/5) e segue da mesma forma nesta sexta (23/5). A situação ocorre em razão de uma paralisação de 48 horas dos colaboradores da UFG.

Conforme comunicado, o atendimento em todas as unidades de internação poderá ser afetado, uma vez que o hospital opera com capacidade reduzida durante o período. A direção do HC pediu compreensão da população e garantiu que trabalha para manter a qualidade do atendimento, mesmo diante das limitações temporárias.

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A paralisação é uma mobilização dos trabalhadores da universidade, o que impacta diretamente os serviços prestados dentro do hospital, que é vinculado à instituição.

Movimento dos técnicos-administrativos

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), aproximadamente, 70% dos técnicos-administrativos do HC trabalham em plantão para que 30% dos servidores participem das atividades de paralisação, incluindo uma caravana a Brasília para reunião da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) com o governo federal nesses dias.

Entre as pautas que devem ser discutidas estão reposicionamento dos aposentados, revisão dos adicionais, reconhecimento de pós-graduação no exterior, democracia interna das IFES; 30 horas semanais, escala 12×60; carga horária das profissões regulamentadas; entre outras.

Sobre a paralisação, o sindicato esclareceu que a ação ocorre após o governo federal descumprir um acordo firmado com a categoria (sobretudo, a reestruturação do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação).

Ainda segundo a entidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa, com um prazo de apenas 45 dias para apresentar propostas. Ou seja, sem debate profundo com os envolvidos.

“Enquanto os servidores públicos cobram diálogo e transparência, essa nova proposta surge como uma tentativa de acelerar mudanças profundas, sem o devido debate com a população”, informou o sindicato. A entidade alerta para o risco de:

  • enfraquecimento do serviço público;
  • risco de precarização do trabalho de servidores
  • redução de direitos históricos; e
  • impacto direto na saúde, educação e segurança.

Em nota, a assessoria do Hospital das Clínicas reforçou que os atendimentos de urgência e emergência permanecem inalterados. “O HC-UFG informa ainda que todos os esforços estão sendo feitos para garantir a continuidade dos serviços assistenciais com a força de trabalho dos empregados públicos da Ebserh”, completou.

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