Idosa morta pelo ex-genro é sepultada neste sábado em Três Coroas; filha também foi assassinada

Dias após se despedirem de Juliana Tais Mateus, de 40 anos, familiares também dão adeus à Zilma Damiani Mateus, de 68 anos. A idosa faleceu na quinta-feira (22) no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), que funciona de forma temporária no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Na segunda-feira (19), ela e a filha foram esfaqueadas pelo ex-companheiro de Juliana. Ambas eram moradoras de Três Coroas. 

Zilma Damiani Mateus | abc+



Zilma Damiani Mateus

Foto: Reprodução

O velório ocorre desde as 23 horas de sexta-feira (23) na Capela Santo Aquiles, na Sala 1. O sepultamento está previsto para as 9 horas deste sábado (24) no Cemitério Municipal de Três Coroas. 

O crime

O crime foi presenciado por uma criança de 5 anos. A menina é filha de Juliana e está aos cuidados do Conselho Tutelar do município. Ela não se feriu.

O autor fugiu, mas foi preso na terça-feira (20). O homem de 42 anos teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Ele foi detido após o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encontrá-lo com ferimentos em uma casa do bairro Campina, em São Leopoldo, onde morava.

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No início da noite de segunda, por volta das 19h30, o homem conduziu uma motocicleta até a casa de Juliana Tais Mateus, 40, na Rua Rui Barbosa, no Centro de Três Coroas, e desferiu golpes de faca contra ela e a idosa.

O modo como ele adentrou na residência ainda não foi esclarecido pela Polícia Civil, mas o delegado Ivanir Caliari, responsável pela investigação do caso, afirma que, assim que o agressor chegou no local, subitamente atacou Juliana e a mãe, sem troca de palavras. 

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A faca utilizada no assassinato foi encontrada na cena do crime, próxima ao corpo da mulher.

“Se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”

Segundo Caliari, o relacionamento entre agressor e vítima, que durou cerca de oito meses, havia terminada uma semana antes do crime. A mulher teria terminado o namoro após o homem ameaçá-la, no último dia 12.

“Ele ameaçou dizendo que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. Ameaça ‘padrão’ de violência doméstica, da maioria dos agressores que não aceitam quando a mulher decide terminar a relação”, conta o delegado. 

Após o episódio, no dia 16 de maio, Juliana solicitou uma medida protetiva de urgência contra ele. O pedido foi deferido pela Justiça no mesmo dia.

A motivação do crime, confirma o delegado, foi o fim do relacionamento e a ordem da mulher para que ele saísse da casa dela. Os dois moravam juntos há alguns meses em Três Coroas.

Investigação

Após ser conduzido ao Hospital Centenário nesta terça-feira por conta de cortes em um dos braços e no pescoço, decorrente de uma tentativa de tirar a própria vida, ele foi atendido e liberado. Posteriormente, foi levado para a Delegacia de Polícia (DP) de Três Coroas, onde foi interrogado.

Durante o depoimento, o suspeito optou por se manifestar apenas em juízo e não contou detalhes sobre o crime. Na sequência, foi conduzido para um presídio, que não teve o nome ou a cidade informados.

Segundo o TJRS, o homem passou por audiência de custódia ainda naquela tarde e teve a prisão convertida em preventiva.

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Quanto ao número de facadas desferidas pelo suspeito contra as vítimas e os órgãos atingidos, o delegado destaca que espera o laudo da perícia para confirmar. 

Medida protetiva

Mesmo com uma medida protetiva em vigência, o suspeito não estava sendo monitorado. Conforme o TJRS, na ocasião, não houve pedido por parte da Polícia, nem pelo Ministério Público para uso que fosse colocada tornozeleira eletrônica no homem.

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Despedida

O velório e o sepultamento de Juliana ocorreram em Três Coroas. O enterro foi realizado no Cemitério Municipal da cidade do Vale do Paranhana na terça-feira.

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(*) Colaboraram: Stefany Rocha e Nadine Funck

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