Inadimplência entre mulheres apresenta queda significativa no ES

A taxa de inadimplência das famílias capixabas manteve-se estável em abril (32%), mas o perfil do devedor voltou a mudar. As mulheres registraram a quinta queda consecutiva no índice e os jovens de até 34 anos também apresentaram nova retração. Em comparação com abril de 2024, são 76,9 mil capixabas a menos no vermelho, uma redução de 1,9%.

As análises dos dados são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Entre as mulheres, a taxa caiu de 33% em março para 29,4% em abril — um recuo mensal de 3,6 pontos percentuais e anual de 5,8 pontos. Já entre os homens, houve alta: a taxa passou de 30,7% para 34,2% no mês, crescimento de 3,5 pontos percentuais.

Para os jovens capixabas (até 34 anos), a inadimplência foi de 38,8% para 30,9% em um ano, o equivalente a uma redução de 7,9 pontos percentuais. No comparativo mensal, a queda foi de 1,1 ponto. Já entre os consumidores com mais de 34 anos, o índice subiu para 32,8%.

De acordo com a análise, no período de julho de 2022 a março de 2025, os capixabas com até 34 anos apresentaram uma maior inadimplência quando comparados aos com idade acima de 34 anos. Contudo, essa tendência tem apresentado sinais de uma possível inversão.

Mudanças positivas no comportamento financeiro

Segundo o coordenador de pesquisa do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, os dados de abril demonstram que, mesmo com a estabilidade no índice geral, há uma melhora qualitativa na inadimplência.

“As quedas consecutivas entre mulheres e a retração entre os mais jovens mostram mudanças positivas no comportamento financeiro das famílias capixabas. Isso pode indicar uma reorganização dos orçamentos e um maior controle sobre as dívidas”, avalia Spalenza.

Outro dado positivo foi o aumento na capacidade de pagamento das famílias com renda de até 10 salários-mínimos (R$ 15.180,00). Em abril, 43,5% dessas famílias afirmaram que conseguem quitar parcial ou integralmente suas dívidas, alta de 2 pontos em relação a março. Além disso, o percentual de contas em atraso há mais de 90 dias caiu de 58,5% para 58,3%, segundo o levantamento.

Por outro lado, de acordo com a análise, entre as famílias de maior renda houve queda na capacidade de pagamento em 10,7 pontos (de 75% para 64,3%), e o percentual de dívidas com mais de 90 dias de atraso saltou de 33,3% para 50%.

O número de capixabas inadimplentes subiu 4 mil em abril na comparação com março, totalizando cerca de 464 mil pessoas no vermelho. Ainda assim, a inadimplência segue em queda em relação a períodos anteriores.

Em suma, na análise do endividamento geral — que mede quem tem algum tipo de dívida, mesmo em dia — a taxa caiu para 89,2%, puxada pelas mulheres, pelos jovens e pelas famílias de maior renda. O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de endividamento entre todos os perfis, seguido pelo crédito pessoal.

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