O que significa ter muitas plantas em casa, de acordo com a psicologia

Ter o hobby de cuidar de plantas em casa é um hábito que pode trazer conforto emocional e dar suporte à saúde mental. Entretanto, quando uma prática comum se torna um acúmulo inconsciente, é importante saber identificar. O zelo com a décor precisa encontrar um equilibro com os diferentes aspectos da vida. Descubra, abaixo, o que a psicologia tem a dizer sobre isso.

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Capazes de purificar o ar do ambiente e dar um toque esteticamente agradável a eles, as plantas podem trazer uma sensação de calma e felicidade. Segundo a psicóloga Cibele Santos Nakao, ter um jardim interno é ótimo, porém, é importante  não abrir mão do bom senso.

Ela explica que o cuidado com as plantas, se não tomado as devidas proporções, pode acabar consumindo o tempo do indivíduo, tornando-se uma obsessão ou uma fonte de estresse. Mas, calma! Estudar a botânica e se importar com o zelo das plantas não torna alguém, automaticamente, um obsessivo ou acumulador.

plantas de sombra

O cultivo só vira um problema quando ele interfere em outras esferas da vida, como nos âmbitos social e profissional.

Quando devo me preocupar?

De acordo com o DSM-05, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o “transtorno de acumulação de plantas” não é um termo técnico utilizado em psicologia ou psiquiatria. Ou seja, aquele que acumula plantas teria o diagnóstico de transtorno de acumulação compulsiva, também conhecido como acumulação compulsiva.

“É um distúrbio mental em que a pessoa apresenta dificuldade em se desfazer de objetos, incluindo plantas, mesmo que sejam inúteis ou desnecessários”, descreve Nakao.

Segundo a especialista, alguns sinais podem indicar o desenvolvimento da condição. Entre eles:

  • Dificuldade em se desfazer: aqueles que têm o transtorno de acumulação encontram uma grande dificuldade em descartar objetos, mesmo que não os utilize ou que estes ocupem espaço.
  • Sentimento de necessidade: a dificuldade pode ser acompanhada de um sentimento de necessidade de guardar os objetos, mesmo que eles não tenham valor real.
  • Acumulo excessivo: Nakao alerta que o acúmulo de objetos pode ser tão grande que interfere na vida diária, tornando a casa desorganizada, perigosa e, às vezes, intransitável. Nesses casos, prudência e autocrítica é fundamental.
  • Impacto na vida: acumular demais acaba levando a problemas de saúde, sociais e financeiros. E mais: gera estresse e ansiedade para o indivíduo e para as pessoas que convivem com ele.

Sinais dados pela psicologia de que o acúmulo pode virar problema

Um dos principais indícios do acúmulo é a presença excessiva dos objetos e a dificuldade de se desfazer deles. A desorganização e vasos acumulados em todos os lugares é um motivo para se preocupar.

Nakao alerta: caso a pessoa perceba os sinais acima e sinta que acúmulo interfere na vida diária —  impedindo-a de realizar tarefas básicas ou de usar os ambientes da casa —, o ideal seria procurar ajuda profissional. “O transtorno de acumulação pode ser tratado com terapias e, em alguns casos, com medicamentos”, finaliza.

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