Poder e prestígio

O que sugeria ser mais uma homenagem, das muitas que se realizam em Brasília, a concessão do título de Dr. Honoris Causa – a mais alta condecoração de uma Universidade -, ao ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública, Raul Jungmann, registrou na quarta-feira um raro momento de reverência e consenso na República.

O título foi concedido a Jungmann pelo Instituto de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento (IDP), do ministro Gilmar Mendes, mas formou uma bancada com a cúpula do Judiciário, que o reverenciou pelos 50 anos de vida pública: no palco, o Procurador Geral da República, Paulo Gonet; os ministros do STF, Flávio Dino e Dias Toffoli e o ministro da Defesa, José Múcio.

Na plateia, misturavam-se parlamentares, ex-parlamentares, militares das três forças – Marinha, Exército e Aeronáutica, inclusive ex-comandantes, empresários, cientistas políticos, advogados, juristas, especialistas em segurança pública e ambientalistas.

A plateia era eclética: do ex-senador Romero Jucá, ao ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, passando pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, o deputado José Mendonça Filho, os ex-deputados Rubem Bueno (PR) e Benito Gama (BA), e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, entre outros.

Também ex-presidente do Ibama e ex-ministro da Reforma Agrária no governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann exerceu esses cargos em diversos governos e cumpriu três mandatos na Câmara Federal.

Hoje diretor-presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Jungmann, involuntariamente, deu uma demonstração de musculatura política e prestígio pessoal incomum.

Os discursos de saudação o definiram como um político progressista, do diálogo, com trânsito em todo o espectro ideológico, humanista, gestor e de espírito público que deve caracterizar um servidor.

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