Após recorde, Ibovespa começa semana sob pressão de realização antes de novos marcos

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O Ibovespa inicia a semana sob olhar atento de traders após ter cravado na última semana sua máxima histórica, aos 140 mil pontos. Desde o atingimento deste marco, o principal índice da bolsa passou por um movimento de realização, que pode seguir nos próximos pregões.

“Se não conseguir se manter acima da máxima histórica e romper a mínima da semana passada, o mercado pode interpretar isso como uma forte rejeição ao nível atual”, avalia Alexandre Wolwacz “Stormer”, um dos traders mais experientes do país.

A principal preocupação está na perda de regiões de suporte que se consolidaram ao longo da recente pernada de alta. “Caso o Ibovespa perca a zona dos 135 mil pontos, isso configuraria uma armadilha para os comprados e aumentaria o risco de correção até os 130 mil pontos”, acrescenta.

Ainda assim, a quebra do topo histórico segue como fator de atração para novos compradores, sobretudo em prazos mais longos.

“Após seis semanas consecutivas de alta, é natural um respiro. Mas uma eventual realização pode encontrar força compradora nos 130 mil pontos, com projeção de retomada rumo a 145 ou até 146 mil pontos”, projeta o mesmo analista.

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Stormer, que é também sócio-fundador do escritório de assessoria de investimentos Liberta, credenciado à XP, avalia que o Ibovespa respondeu muito mal no final da semana passada ao anúncio do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o que acabou influenciando também o dólar.

Para ele, as questões internas têm influenciado agora mais os ativos do que o cenário externo.

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Para Gilberto Coelho, analista técnico da XP, o Ibovespa pode completado o movimento de realização, uma vez que tocou a média de 21 dias e fechou acima dela, no pregão da última sexta-feira (23).

“Acima dos 138.000 pode retomar projeções nos 140.200 ou 145.400 por Fibonacci. O sinal de baixa seria retomado com a perda dos 134.900, mirando suportes entre 132.600 e 129.300”, destaca Coelho.

Segundo ele, o Índice de Força Relativa (IFR), importante indicador técnico sobrecompra ou sobrevenda do mercado, apontou para cima, “retirando sinal de realizações”.

“O padrão de volume é que ainda não está forte, deixando um sinal de dúvida para a recuperação”, completou.

Dólar

Em relação ao dólar, Coelho destaca que o dólar futuro “perdeu e fechou abaixo da média de 21 dias (na sexta), revertendo o sinal de alta para baixa no curto prazo.” “O IFR apontou para baixo, favorecendo quedas.”

Para o analista da XP, caso o contrato futuro de dólar (DOLFUT) se mantenha abaixo dos 5.650 pode buscar suportes nos 5.600 ou 5.430. No sentido inverso, uma sinalização de alta poderia vir com um fechamento acima dos 5.700, com próximos alvos em 5.790 ou 5.920.

“O dólar vinha sendo pressionado a semana passada inteira, com a possibilidade de ficar abaixo de R$ 5,60. Se ele perder esse valor, a região de suporte fica muito mais abaixo, a cerca de R$ 5,30”, analisa Stomer.

“Com a questão do IOF, houve uma pesada entrada de compradores que impulsionaram o dólar a quase R$ 5,80”, explica, complementando que, no entanto, na sexta (23) a moeda americana voltou a recuar forte.

Ele vê o dólar bastante instável, mas crê na desvalorização do dólar porque a moeda americana está perdendo valor frente a maioria das moedas no mundo, dado o cenário de incertezas nos Estados Unidos.

Bitcoin

Sobre o Bitcoin, Stormer acha que após perder topo histórico de US$ 111 mil, deve-se ficar atento se a criptomoeda não cai para uma área de suporte de US$ 90 mil.

“Mas meu alvo continua na casa de US$ 123 mil a US$ 124 mil para o segundo semestre do ano”, afirma.

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