Somente de janeiro a abril, São Leopoldo fez quase 20 mil atendimentos de saúde mental

A Secretaria da Saúde de São Leopoldo (Semsad) apresentou nesta terça-feira (27), o Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA), correspondente ao período de janeiro a abril de 2025. O documento tem por objetivo divulgar à sociedade e aos órgãos de controle e fiscalização as ações e serviços realizados pelo órgão gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de São Leopoldo. A audiência ocorreu no plenário da Câmara de Vereadores diante de servidores, vereadores e representantes da sociedade civil.

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A comunicação da prefeitura leopoldense lembra que a iniciativa atende à legislação referente ao planejamento no SUS e serve como ferramenta de monitoramento e acompanhamento da execução do Plano Municipal de Saúde.

Saúde mental em destaque

Na apresentação, a titular da Semsad, Kelbe Gonçalves, chamou a atenção para os atendimentos na saúde mental. “Foram 19.298 atendimentos, um recorde na saúde do município, ficando à frente de pressão arterial”, revelou. Outro número que se destacou diz repeito à produção ambulatorial do Centro de Assistência Psicossocial (Caps). O atendimento chamado de “fortalecimento do protagonismo de usuários e de seus familiares” registrou 840% de aumento na demanda. “A procura em atividades coletivas na saúde mental também cresceu. Tivemos um aumento de 159%. As pessoas estão com mais conhecimento sobre os grupos de apoio e buscam o serviço. Outra consequência disso se reflete na dispensa de medicamentos como Fluoxetina”, destacou.

Os relatórios de gestão são elaborados a partir do registro sistemático das ações cotidianas em cada serviço de saúde e da análise dos dados obtidos nos sistemas de informação, sendo fruto da colaboração de muitos trabalhadores e trabalhadoras da Semsad, em seus diversos setores.

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Casos de dengue

A secretária falou também do baixo número de casos de dengue no município, 56 até o momento, citando as visitas domiciliares e ampliação de aplicação de inseticida fluodora, através da técnica de borrifação residual intradomiciliar (BRI). “Fizemos um trabalho constante de prevenção e finalizamos mais um Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa, que possibilita o diagnóstico dos locais mais propensos para a proliferação do mosquito”, pontuou.

Kelbe citou ainda o crescimento do Zap da saúde, com a inclusão do cartão de fibromialgia, informações sobre tabagismo, chegando a 100 mil atendimentos no total. “Muitas das dúvidas sobre saúde e de solicitações podem ser feitas lá. Outro avanço foi o lembrete de ecografias para gestantes”, exemplificou.

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Desafios do Hospital Centenário

O presidente do Hospital Centenário Ricardo Silveira mencionou os desafios enfrentados pela instituição e agradeceu a dedicação do quadro de servidores. “Se o hospital fez até o final de abril 20 mil atendimentos na emergência, 600 partos, mais de 3 mil cirurgias, foi graças ao seus profissionais”, ressaltou.

Silveira apontou o fortalecimento da atenção básica e da estratégia de saúde da família como parte da solução para diminuir a pressão sobre a instituição. “Nos últimos 30 dias, recebemos 525 pessoas de municípios vizinhos que fecharam leitos e serviços. É um hospital 100% SUS, mas os funcionários estão extenuados. Por isso precisamos defender nosso sistema e fortalecer. Precisamos vacinar mais, aumentar o acesso ao pré-natal e evitar agravamentos de doenças. Isso foi agravado pela pandemia e pela tragédia climática, que prejudicou acesso aos serviços essenciais por longo tempo”, sublinhou.

A apresentação foi mediada pelo vereador Geison Freitas. Participaram também o presidente da Fundação Municipal de Saúde, André Serpa, e os vereadores Daniel Daudt, Fábio Bernardo e Anderson Etter.