CEO de fundo da Noruega estimula equipe a usar IA: “Se não, nunca será promovido”.

O CEO Nicolai Tangen não vê futuro no fundo soberano de US$ 1,8 trilhão da Noruega para funcionários que resistem a usar inteligência artificial (IA) em seus trabalhos.

Tangen, que recentemente disse a parlamentares em Oslo que a tecnologia pode ajudar a impedir o crescimento do número de funcionários do fundo em um futuro próximo, diz que tem corrido “como um maníaco” desde 2022 para convencer seus cerca de 670 empregados a usar IA.

— Não pode ser voluntário. Não é voluntário usar ou não IA —disse Tangen em uma entrevista. — Se você não usar, nunca será promovido. Você não conseguirá um emprego”, disse ele, referindo-se ao fundo de riqueza soberana da Noruega — o maior do mundo.

A inteligência artificial está rapidamente se tornando um pré-requisito para o desempenho no setor de gestão de ativos, à medida que as empresas de investimento correm para aumentar a eficiência, cortar custos e obter vantagem na tomada de decisões. Nesse sentido, ferramentas de IA estão sendo incorporadas em mesas de negociação, equipes de pesquisa e operações de back-office.

Enquanto alguns questionam as consequências da adaptação acelerada da IA, o líder de 58 anos de idade do fundo norueguês está preocupado principalmente com o fato de seus funcionários não utilizarem IA o suficiente.

Em seu país natal, Tangen é conhecido por elogiar a IA em todos os palcos e em todos os podcasts e seminários dos quais participa. Dentro do Norges Bank Investment Management, é a mesma coisa.

“É preciso repetir, repetir e repetir, atacar a organização de todos os lados”, diz ele. Agora há uma equipe de seis pessoas de “facilitadores de IA”, 40 embaixadores de IA e agenda constante de seminários, conferências e cursos. Cerca de 300 funcionários agora escrevem códigos com a ajuda da IA, de acordo com Tangen.

“Minha maior surpresa foi a resistência quando começamos. As pessoas não querem mudanças. Sempre há 10-20% que não querem fazer algo se for voluntário. Mas são esses que mais precisam”, disse ele.

Em uma pesquisa interna, os funcionários do fundo relataram um aumento de 15% na eficiência no ano passado. Tangen disse acreditar que esse número será de 20% em 2025 e outros 20% no ano seguinte. Isso dá ao CEO um impulso visível. Seu rosto se ilumina, sua voz fica mais alta.

“Se competirmos com empresas que não usam IA, estamos 50% à frente! É inacreditável. Eles nunca vão nos alcançar”, diz ele. “Nunca vi nada parecido, uma situação em que você pode ficar tão à frente dos seus concorrentes.”

“Economizamos muito em negociações e economizaremos muito mais”, disse ele, citando os custos de negociação, a aplicação de dinheiro nos mercados e o aumento geral da eficiência. As principais ferramentas utilizadas pelo fundo incluem o Claude, desenvolvido pela Anthropic e “usado por 100% dos funcionários”, o Copilot da Microsoft, o Perplexity, o Cursor, o Open AI Deep Research e o Google AI.

Limites

O fundo soberano norueguês pertence ao Norges Bank e opera de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério das Finanças da Noruega. Seu mandato é definido pelos parlamentares. Isso estabelece alguns limites para o uso de IA, afirmou Tangen.

Há um requisito para haver “humanos no circuito” e duas pessoas precisam analisar qualquer código enviado. Os funcionários não podem inserir informações pessoais ou confidenciais ou divulgar negociações ativas em modelos de IA, e o fundo não usará IA em negociações independentes ou em processos de contratação.

“A negociação independente é sempre feita por humanos. Não vejo isso mudando no fundo no futuro. Mas eles usam IA para coletar informações”, disse ele, acrescentando que os analistas já não têm muita utilidade.

O fundo detém cerca de 1,5% de todas as empresas listadas em todo o mundo e é fortemente focado em tecnologia, com Apple, Microsoft, Nvidia, Alphabet, Amazon.com e Meta Platforms entre seus maiores investimentos, em linha com um índice de referência personalizado.

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