Seguro viagem ou a surpresa de uma fatura hospitalar exorbitante?

IMG 20250208 WA0011 Seguro viagem ou a surpresa de uma fatura hospitalar exorbitante?

Um simples atendimento médico em território norte-americano, por exemplo, pode custar cerca de US$ 10 mil, enquanto ocorrências mais complexas podem ultrapassar US$ 100 mil (Imagem criada por IA)

Viajantes passaram a dar mais importância em contratar um seguro viagem por causa da pandemia de Covid-19 e à retomada do turismo mundo afora. Uma tendência que continua nos dias de hoje. Prova disso são os dados divulgados pelo Google Trends na época: a busca por “seguro-viagem” cresceu 69% em janeiro de 2022 em comparação a janeiro de 2021. Já os mais recentes mostraram que o mesmo termo atingiu níveis recordes em janeiro de 2025, superando os de dezembro de 2019.

Só no período de janeiro a novembro de 2024, o setor de seguros viagem registrou crescimento de 10,6%, arrecadando R$ 800 milhões, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Como informado com exclusividade ao M&E nesta sexta-feira (7), nesses onze meses, foram pagos R$ 560 milhões em indenizações, valor 21,4% superior ao mesmo período de 2023.

Entre as coberturas básicas estão assistência médica e hospitalar, seguro por morte e invalidez permanente, cancelamento de viagem, extravio de bagagem e assistência jurídica.

Como funciona na prática?

O M&E conversou com a Global Travel Assistence para entender caso algum incidente ocorresse durante uma viagem, com e sem seguro. A GTA possui coberturas para viagens internacionais, que começam em US$ 12 mil e podem chegar a US$ 330 mil, no que diz respeito ao atendimento médico-hospitalar, e nacionais que variam de R$ 6 mil a R$ 60 mil, também voltadas ao atendimento médico-hospitalar.

Contratei o seguro viagem e preciso acioná-lo. Como faço?

Quando acionado, a Central Operativa entra em contato com um prestador local para solucionar os imprevistos ocorridos durante a viagem. Em 95% dos casos, o usuário é direcionado para um prestador local (como hospital, clínica ou dentista) e o pagamento é realizado diretamente pela Central Operativa. Assim, o cliente não precisa pagar do próprio bolso e solicitar reembolso posteriormente.

E os outros 5% dos casos?

Isso não acontece em 100% dos casos porque há situações em que o seguro só funciona por reembolso, como em cruzeiros marítimos ou em locais remotos onde não existem prestadores habilitados. Mesmo nessas situações, a Central Operativa orienta o cliente sobre como proceder para receber o devido atendimento e solicitar o reembolso das despesas.

Quanto custa se eu precisar de atendimento médico sem seguro?

É importante que o viajante esteja atento aos custos médicos, que aumentam a cada ano, sendo os Estados Unidos o destino mais caro.

Seguro viagem ou a surpresa de uma fatura hospitalar exorbitante?

Sem a proteção de um seguro viagem, por exemplo, um simples atendimento médico em território norte-americano pode custar cerca de US$ 10 mil, enquanto ocorrências mais complexas podem ultrapassar US$ 100 mil. Fazendo uma conta rápida com o câmbio a R$ 6, significa que você teria que desembolsar algo entre R$ 60 mil e R$ 600 mil! Veja exemplos abaixo:

  • Diária em uma UTI: entre US$ 12 mil e US$ 42 mil
  • Diária hospitalar: US$ 5.220
  • Fratura óssea: US$ 14 mil
  • Atendimento odontológico simples: US$ 300

Seguro viagem, claro!

“Estou no segmento de seguro viagem há 35 anos e acompanhei a evolução dos produtos, que hoje oferecem maiores coberturas médicas para garantir a proteção de clientes que viajam para os Estados Unidos, onde os custos com saúde são os mais altos do mundo. Em seguida temos a América Latina, Europa, África, Ásia e Oceania. O brasileiro passou a considerar o seguro viagem um item indispensável. Antes, apenas 15% dos viajantes contratavam o produto. Hoje, esse número já ultrapassa 50%, mas ainda há muito a explorar nesse mercado, que cresce a cada ano. Vale lembrar que vários países exigem, como requisito de entrada, que o viajante tenha um seguro viagem. Entre eles, destacam-se os países do Tratado de Schengen, Cuba, Venezuela e Equador”, enfatizou Celso Guelfi, presidente da GTA.

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