VÍDEO: veja momento em que sentença de 20 anos de prisão de Jorge Guaranho por morte de tesoureiro do PT é anunciada


Ex-policial penal foi condenado por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e perigo comum., por matar Marcelo Arruda a tiros na festa de aniversário do petista. Cabe recurso da decisão. Ex-policial penal é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de tesoureiro do PT
Foi finalizado, nesta quinta-feira (13), o julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, na festa de aniversário do petista.
A sentença foi anunciada no início da tarde no Tribunal do Júri de Curitiba, dois anos e meio após o assassinato. Assista acima.
Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e perigo comum. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisão.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
Foi determinada ainda a prisão imediata de Guaranho, que cumpria prisão domiciliar desde setembro do ano passado. O Departamento de Polícia Penal do Paraná deve definir para qual presídio ele será encaminhado.
Marcelo Arruda foi baleado enquanto comemorava 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT. Relembre o caso mais abaixo.
A defesa de Guaranho reforçou nesta quinta (13), antes do anúncio da decisão, que ele agiu em legítima defesa e que o crime não teve motivação política. Na quarta-feira (12), o agora condenado afirmou no júri que não foi à festa da vítima “nem para brigar, nem para matar”.
O júri popular foi presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
Na decisão, a juíza ressaltou que ele utilizou uma arma do governo para cometer o crime. Ela afirmou, também, que Guaranho demonstrou intolerância política com nas próprias ações.
Standler também citou a promulgação da lei contra intolerância política. Ela afirma que antes do crime não havia necessidade de se alertar quanto a isso e considera, então, que o caso marca essa necessidade.
Sentença foi proferida nesta quinta-feira (13)
Reprodução
Quem foi ouvido no júri?
No decorrer do júri foram ouvidas nove pessoas, entre testemunhas, informantes e peritos. Por último, o réu foi interrogado. Ele deu a versão dele dos fatos publicamente pela primeira vez.
A captação de imagens não foi liberada no julgamento. O réu foi fotografado ao lado de fora do tribunal, pouco antes do início do terceiro dia de júri nesta quinta (13).
Foram ouvidos no julgamento:
Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que detalhou o dia do assassinato e deu declarações sobre a dificuldade de criar o filho mais novo após a morte do pai. Na época, o bebê tinha 40 dias de vida;
Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda que participou da festa e viu discussão que terminou com o assassinato;
Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela, companheira de Marcelo Arruda e que comprou decoração da festa;
Marcelo Adriano Ferreira, policial penal do Presídio de Catanduvas que trabalhava com o agora ex-policial penal Jorge Guaranho;
Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho que tinha acesso às imagens das câmeras de segurança da associação onde ocorria a festa de Arruda por fazer parte da direção onde ocorria a festa;
Simone Cristina Malysz, perita que participou da elaboração de laudos do caso;
Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda, servidor público e que também estava na festa;
Jorge Guaranho, réu pelo crime.
Leia também:
Obra pública: Moradores têm casas isoladas por muro construído em obra de pavimentação
Trânsito: Piloto morre e moto esportiva fica completamente destruída após colidir com carro
Onda de calor: 32 municípios do Paraná estão sob alerta de perigo
O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro
Reprodução
Relembre o crime
Relembre caso de ex-policial penal que matou tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu
O crime aconteceu em 9 de julho de 2022.
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Arruda, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Arruda foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro de 2024.
Ele cumpria prisão domiciliar até a condenação desta quinta-feira (13).
O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos do crime, segundo a Polícia Civil:
Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia
Arte/g1
VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR
Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.