Trump admite que tarifas podem aumentar preços nos EUA a “curto prazo”

Após uma série de taxações sobre produtos estrangeiros, o presidente Donald Trump admitiu que os americanos podem enfrentar “algumas perturbações de curto prazo” caso os EUA impuserem ainda mais tarifas sobre os parceiros comerciais. No mesmo dia, o presidente assinou um decreto que determina tarifas “recíprocas” contra países que taxam importações de produtos provenientes dos Estados Unidos.

Apesar do aumento, Trump promete: “os preços também cairão.”


O que aconteceu?

  • Durante fala no Salão Oval da Casa Branca, Donald Trump ameaçou intensificar a taxação a produtos estrangeiros dos parceiros comerciais dos EUA.
  • O foco do presidente norte-americano, agora, seria tarifar países que tenham como alvo produtos fabricados nos EUA.
  • Trump assinou um decreto que determina tarifas “recíprocas” contra países que taxam importações de produtos provenientes dos Estados Unidos.
  • Trump admitiu que os americanos podem enfrentar “algumas perturbações de curto prazo” se os EUA impuserem tarifas mais altas sobre produtos estrangeiros.
  • “Os preços podem subir um pouco no curto prazo”, disse ele. “Mas os preços também cairão”, afirmou o presidente.
  • “O que vai aumentar são os empregos. Os empregos vão aumentar tremendamente,” prometeu.

Etanol brasileiro

O etanol do Brasil foi citado no decreto assinado por Donald Trump nessa quinta-feira (13/2), que determinou tarifas recíprocas contra países que taxam importações de produtos provenientes dos Estados Unidos.

De acordo com o documento, a administração Trump avalia que a aplicação de tarifas sobre o combustível é desigual entre os dois países.

“A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, diz o texto do decreto.

Na prática, as importações de etanol brasileiro para os Estados Unidos podem sofrer aumentos nas tarifas e se igualarem aos 18% aplicados pelo Brasil.

O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, reagiu à possível taxação do etanol brasileiro pelos Estados Unidos, chamando a medida de “desarrazoada” . Segundo o ministro, a nova medida econômica de Trump não menciona a ampliação da exportação de açúcar brasileiro para os norte-americano.

No início da semana, Trump já havia anunciado a taxação de 25% sobre todas as importações norte-americanas de aço e alumínio. A medida atingiu diretamente o Brasil, que, ao lado do México e Canadá, é, atualmente, o terceiro maior exportador de aço para os EUA.

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