Fundo internacional disponibiliza US$ 100 Bi para infraestrutura brasileira

Um grupo integrado por mais de 50 empresários e instituições dos Estados Unidos, Canadá, França, Emirados Árabes e Brasil estará reunido neste sábado, 15, no Fórum das Américas, no Hyatt Regente, em Miami (EUA), para o anúncio da criação do Fundo Brasilinvest-ADIG com recursos da ordem de US$ 100 bilhões para financiar projetos de infraestrutura no Brasil. O fundo, será gerido pela empresa americana GF CAPITAL, que também será responsável pela estruturação dos projetos do fundo, com chance de aumentar com a entrada de novos parceiros, podendo ser aplicado em setores como infraestrutura, meio ambiente, indústria, aeroespacial, comunicações, saúde, imobiliário, tecnologia, automotivo.
Na visão dos dirigentes da GF Capital, “não faltam recursos, faltam projetos consistentes”. A longa experiência em estruturação mostra que por falta de consistência, a cada 100 projetos apresentados nos Road shows, apenas dois ou três são aprovados.
Enquanto isso, dados da Associação Brasileira da Indústria de Base (ABDIB) dão conta de que atualmente o Brasil investe menos de 2%
do Produto Interno Bruto ao ano em infraestrutura para uma necessidade de, pelo menos, 4% ou 4,5% do PIB, ou seja, mais do que o dobro. Estima-se que R$ 200 bilhões/ano são investidos na infraestrutura nacional, R$ 50 bilhões deles provenientes do poder público e R$ 150 bilhões da iniciativa privada.

Projetos e regiões

Os recursos, provenientes de diferentes investidores envolvendo a Abu Dabi Investment Group (ADIG) e fundos de investidores da GF
Capital e Brasilinvest, do chairman Mário Garnero, começarão a ser liberados em 60 dias, sempre focando projetos para o desenvolvimento brasileiro. A expectativa é de que nada menos do que US$ 20 bilhões sejam absorvidos em projetos verdes, bastante concentrados na região amazônica. Outros US$ 15 bilhões deverão ser aportados em projetos de smart cities no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.
Também estão previstos investimentos em projetos de Hidrogênio Verde no Espírito Santo e em outros Estados com esta vocação, cujos valores ainda estão em definição.
Para a GF Capital, quando se fala em agronegócio, motor da economia brasileira, não se imagina projetos menores do que US$ 10 bilhões. Diferentemente de instituições financeiras tradicionais que oferecem produtos de prateleira, a política do Fundo BrasilinvestADIG é de que cada projeto seja analisado individualmente, respeitando-se suas características próprias.

Promoção do crescimento econômico

Para os investidores, o considerável volume de recursos fica plenamente justificado em se tratando do Brasil, principal economia emergente do Planeta. Pelas projeções do Fundo Brasilinvest-ADIG, que conta com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Luciano Coutinho, como vice chairman, o valor total deverá ser aplicado integralmente nos projetos com diferentes prazos de conclusão, desde que cumpram o objetivo de promover o crescimento. Cada um a seu tempo, os empreendimentos gerarão emprego para a população e impostos para os Estados e municípios, inclusive aqueles em fase de reconstrução por conta de fenômenos climáticos.
Internados em um banco de primeira linha em Nova Iorque e geridos nos Estados Unidos, os recursos do Fundo Brasilinvest-ADIG também serão disponibilizados às empresas brasileiras que quiserem investir em expansão no exterior ou ampliar suas exportações. A propósito, US$ 30 bilhões do total já estão destinados a projetos com protocolos de intenção assinados em diferentes segmentos.
Estarão presentes na reunião deste sábado em Miami representantes de instituições e de companhias como Boeing, Microsoft, Goldman Sachs, US Chamber of Commerce, Task Force, Associação das Nações Unidas-Brasil, FAESP/SENAR-SP, Alder Renewables, Aura Minerals. AECOM Brazil, One Amazon, Gorilla Technology, Hogan Lovells e Odebrecht Engenharia e Construção S.A.

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