Real Digital: nova moeda Brasileira funcionará sob regência do Banco Central

As moedas digitais emitidas por bancos centrais, conhecidas como CBDCs (Central Bank Digital Currency), representam uma inovação significativa no mundo financeiro. Ao contrário das criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, que operam de forma descentralizada, as CBDCs são oficialmente emitidas e reguladas por bancos centrais. Esse tipo de moeda utiliza a tecnologia blockchain para assegurar transações seguras e rastreáveis.

As CBDCs são vistas como uma forma de melhorar sistemas de pagamento, aumentar a eficiência financeira e reduzir custos de transação. Além disso, oferecem uma alternativa mais segura e regulamentada às criptomoedas, ajudando a combater o crime financeiro. No entanto, há desafios associados à sua implementação, como questões de privacidade e segurança cibernética.

Como funcionará o DREX?

O DREX, ou Real Digital, é a futura moeda digital do Brasil, emitida e regulada pelo Banco Central. Assim como outras moedas digitais, será armazenado em uma carteira digital e poderá ser acessado via dispositivos eletrônicos. A ideia é que o DREX opere no setor varejista, facilitando transações cotidianas como compras e pagamentos de contas.

O DREX não apenas simplificará transações domésticas, mas também facilitará transações internacionais, eliminando a necessidade de conversão cambial e reduzindo custos associados. Este projeto está previsto para ser lançado em dezembro de 2024, segundo o cronograma estabelecido pelo Banco Central do Brasil.

Quais são as vantagens do DREX?

O Real Digital oferece várias vantagens significativas. Uma delas é a agilização e eficiência em transações financeiras, o que também pode reduzir custos associados ao manuseio de dinheiro físico. Outra vantagem é o aumento da inclusão financeira, possibilitando que pessoas sem acesso a serviços bancários tradicionais participem da economia digital. Além disso, a moeda terá potencial para facilitar o comércio eletrônico e as transações internacionais.

Quais são os desafios do DREX?

Só que nem todos os aspectos do DREX são positivos. Um grande desafio é a segurança cibernética, já que sistemas digitais estão suscetíveis a ataques hackers. Questões de privacidade também são relevantes, pois toda transação digital deixa um rastro. Outro ponto crítico é a possibilidade do Banco Central congelar saldos, gerando preocupações quanto à confiança e à liberdade financeira dos usuários.

Créditos: depositphotos.com / rafapress

Qual é a diferença entre o DREX e o Pix?

Tanto o DREX quanto o PIX são iniciativas importantes do Banco Central do Brasil voltadas para modernizar o sistema financeiro. No entanto, suas funções são distintas. Enquanto o PIX é um sistema de pagamento que facilita a transferência instantânea de dinheiro, o DREX representa a moeda em si. Essa distinção significa que o DREX pode ser utilizado de forma mais ampla, inclusive para transações internacionais, sem a necessidade de conversão entre moedas.

O DREX e o PIX poderão ser usados de forma complementar, permitindo transações digitais rápidas e seguras, ao mesmo tempo que se beneficiam das características únicas de cada sistema.

O que esperar do DREX?

Com o lançamento do DREX previsto para 2024, muitas são as expectativas em torno dessa nova era na economia brasileira. Com maior eficiência e inclusão financeira, o DREX tem potencial para ser um divisor de águas no sistema financeiro. Por outro lado, é fundamental que questões de privacidade e segurança sejam cuidadosamente endereçadas para garantir a confiança e o sucesso do Real Digital.

O advento do Real Digital representa uma evolução significativa nos meios de pagamento, mas não deverá eliminar completamente o uso do dinheiro em papel. Em todo caso, o desenvolvimento do DREX é um passo importante na direção de um futuro financeiro mais digital e acessível.

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