Decisão sobre futuro da Plataforma de Atlântida depende de laudo técnico; entenda

A Plataforma de Atlântida, em Xangri-Lá, um dos cartões postais do litoral norte em épocas de veraneio, segue sem definição. Desde que desabou, em outubro de 2023, o local segue interditado para visitas. Placas de sinalização foram instaladas indicando que há risco de desabamento.

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Plataforma de Atlântida segue sem definição

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Conforme a Prefeitura, um laudo técnico foi contratado através do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME), da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com objetivo de definir os novos rumos da estrutura. A Administração Municipal ainda aguarda a finalização por parte do Leme.

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Atualmente, segundo o que foi repassado pela coordenação do projeto, foi realizada a avaliação de 70% dos elementos não submersos da Plataforma. “Acredita-se que em mais uma janela favorável de clima e condições do mar seja possível a finalização dessa etapa”, diz o documento enviado pela UFRGS.

Além disso, uma empresa foi contratada para realização da atividade de inspeção dos elementos submersos da plataforma, com o auxílio de mergulhadores profissionais, que deve ser iniciada nos próximos dias.

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A expectativa do Leme é finalizar todas as atividades ao longo do mês de março. No entanto, o laudo final está previsto para ser entregue em abril. “Esses prazos podem ser alterados caso não haja condições favoráveis de clima e mar para a realização das atividades pendentes”, informa o documento informativo.

Município aguarda laudo para decidir sobre a gestão da plataforma

Segundo o secretário de Obras de Xangri-Lá, Adilso da Silva Moreira, há interesse por parte do município em assumir a gestão da plataforma para propor alternativas à construção. No entanto, o Executivo Municipal aguarda o resultado do laudo para entender se será possível recuperar a área de alguma forma ou se a única opção é a demolição completa da estrutura.

“Nós não temos gestão sobre a plataforma, pois é uma área federal. Há muitos anos a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima de Atlântida (Asuplama) foi responsável pela estrutura. Estamos dependendo do laudo para saber qual será o destino da plataforma”, afirma Moreira.

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Para assumir, a administração também precisará avaliar as condições financeiras. “Nós temos interesse em assumir, mas vamos ter que avaliar a situação, se será possível reformar ou se a estrutura terá que ser implodida. Pois, dependendo, não será financeiramente possível para o município”, explica Moreira.

Associação afirma que não irá solicitar posse da plataforma

O presidente da Asuplama José Luís Rabadan afirma que a associação não tem condições de solicitar a posse sobre a gestão da plataforma de Atlântida pela falta de recursos para recuperar a estrutura. “Perdemos muitos associados no passado e ficamos exauridos financeiramente”, lamenta. Segundo ele, dos 350 sócios pagantes, somente 35 ainda seguem contribuindo.

Apesar disso, Rabadan ressalta que a Asuplama quer estar à disposição da Prefeitura para prestar apoio no que for possível. “Temos o interesse de que a plataforma continue a existir. É um patrimônio histórico. Nós somos pescadores e gostamos de pescar lá em cima”, completa.

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