Carnaval: vendaval e granizo destroem carros alegóricos em São Paulo

São Paulo — As rajadas de vento de 103 km/h na região do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, nesta quarta-feira (26/2), não pouparam as escolas de samba que davam os últimos retoques em seus carros alegóricos no vizinho Sambódromo do Anhembi. Esculturas se partiram, braços foram arrancados e cabeças ficaram soltas faltando dois dias para o início dos desfiles de Carnaval. Entre os prejudicados, a expectativa é a de reparar os danos o mais rápido possível.

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Carro alegórico da Gaviões da Fiel prejudicado pelas fortes chuvas

Carro alegórico da Acadêmicos do Tucuruvi prejudicado pelas fortes chuvas
Carro alegórico da Colorado do Brás prejudicado pelas fortes chuvas
Carro alegórico da Colorado do Brás prejudicado pelas fortes chuvas
Carro alegórico da Dragões da Real prejudicado pelas fortes chuvas
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Carro alegórico da Colorado do Brás prejudicado pelas fortes chuvas

William Cardoso/Metrópoles

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Carro alegórico da Gaviões da Fiel prejudicado pelas fortes chuvas

William Cardoso/Metrópoles

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Carro alegórico da Acadêmicos do Tucuruvi prejudicado pelas fortes chuvas

William Cardoso/Metrópoles

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Carro alegórico da Colorado do Brás prejudicado pelas fortes chuvas

William Cardoso/Metrópoles

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Carro alegórico da Colorado do Brás prejudicado pelas fortes chuvas

William Cardoso/Metrópoles

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Carro alegórico da Dragões da Real prejudicado pelas fortes chuvas

William Cardoso/Metrópoles

A reportagem do Metrópoles estava em uma barraca na dispersão e presenciou a correria de integrantes das escolas de samba na tentativa de salvar o trabalho de um ano inteiro em meio ao vendaval e ao granizo que assolaram o sambódromo. O vento forte obrigou as agremiações a “ancorarem” os carros alegóricos em plena tempestade.

A Gaviões da Fiel foi uma das escolas mais prejudicadas pela temporal que assolou o Anhembi. Duas esculturas do carro dois foram parar no chão e o próprio gavião do abre-alas tombou.

“São forças da natureza, forças que a gente não controla. Ficamos bastante danificados. A nossa baia está bem de frente, pega todo o vento que vem da Marginal Tietê. Pegou em cheio”, disse Júlio Poloni, um dos carnavalescos da Gaviões.

Apesar dos danos, Poloni afirmou que acredita na recuperação. “O Carnaval é sábado. A gente confia na nossa equipe, estamos fazendo toda correria, desenhando a logística pra ver como a gente vai conseguir recuperar essas peças. Não temos muito tempo pra lamentar, chorar. Temos que ver uma estratégia pra recuperar isso a tempo do nosso desfile”, disse.

As asas de um serafim da Dragões da Real ficaram danificadas durante a tempestade. A estrutura é um dos xodós da escola e, logo que a chuva parou, já passava por reparos.

“Dá desespero, apreensão, mas quando acontece isso com antecedência, como é o caso, também é um ato de se reorganizar e fazer os reparos necessários para que tudo fique pronto até a hora do desfile”, disse Márcio Santana, diretor de Carnaval da Dragões da Real.

Outras escolas também foram prejudicadas pelo temporal, algumas de forma mais intensa.

A Mancha Verde teve a cabeça de um Carlinhos Brown partida na base.

A Colorado do Brás teve esculturas de isopor partidas e arrancadas de carros alegóricos.

A Acadêmicos do Tucuruvi viu uma imensa peça indígena tombar. Ela foi tirada do carro por medo de que, em outra ventania, fosse arremessada na Marginal Tietê.

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