Perícia identifica DNA de 2 PMs em carro usado para executar Gritzbach

São Paulo — Um laudo pericial concluído pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (STPC), na tarde desta quarta-feira (26/2), detectou a presença do DNA de dois policiais militares (PMs) no veículo e nas roupas utilizados no dia da execução de Vinícius Gritzbach, no aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o documento foi encaminhado para as autoridades do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Corregedoria da Polícia Militar.

Ainda de acordo com a pasta, os PMs já estão presos e a investigação prossegue para prender os suspeitos que seguem foragidos.

Denúncia do MPSP

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 12 pessoas — entre policiais civis, empresários e um advogado — por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa e outros crimes.

A denúncia foi feita a partir das investigações do assassinato de Gritzbach, no dia 8 de novembro do ano passado.

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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A vítima era considerada o delator do PCC e foi assassinada a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O MPSP também pede que os acusados paguem ao menos R$ 40 milhões em razão do “dano causado pelos crimes cometidos, bem como ao ressarcimento por dano moral coletivo e dano social”.


Veja os denunciados:

  • Ademir Pereira de Andrade: empresário suspeito de ser operador financeiro do PCC, foi denunciado por organização criminosa e extorsão;
  • Ahmed Hassan Saleh: conhecido como Mude, o advogado foi denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas;
  • Eduardo Lopes Monteiro: investigador da Polícia Civil, foi denunciado por organização criminosa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro;
  • Fabio Baena Martin: delegado da Polícia Civil, foi denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
    Marcelo Marques de Souza: conhecido como Bombom, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Marcelo Roberto Ruggieri: conhecido como Xará, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Robinson Granger de Moura: conhecido como Molly, o empresário foi denunciado por  organização criminosa e lavagem de dinheiro;
    Rogerio de Almeida Felicio: conhecido como Rogerinho, o policial civil foi denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro;
  • Alberto Pereira Matheus Junior: delegado da Polícia Civil, foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva;
  • Danielle Bezerra dos Santos: esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC, foi denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Valdenir Paulo de Almeida: conhecido como Xixo, o policial civil foi denunciado por organização criminosa e corrupção passiva;
  • Valmir Pinheiro: conhecido como Bolsonaro, o policial civil foi denunciado por organização criminosa.

De todos os denunciados, apenas o delegado Alberto Pereira e Danielle Bezerra não estão presos. O MPSP pediu a prisão preventiva de ambos na denúncia.

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