Prefeitura de Canoas anuncia que não destinará recursos para eventos municipais em 2025

A Prefeitura de Canoas anunciou não haverá destinação de verba pública para a realização de eventos municipais em 2025. Os recursos devem ser aplicados na área da saúde, como em questões estruturais dos hospitais e no pagamento dos profissionais. O anúncio foi feito durante uma reunião com representantes do carnaval de Canoas e grupos de matriz africana nesta quinta-feira (27).

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Prefeitura de Canoas fez reunião com reunião com representantes do carnaval de Canoas e grupos de matriz africana



Prefeitura de Canoas fez reunião com reunião com representantes do carnaval de Canoas e grupos de matriz africana

Foto: Bruna Ourique/PMC

“Desde a enchente ocorrida em maio de 2024, que atingiu severamente a cidade Canoas, está acontecendo um trabalho de recuperação de várias frentes, mas em especial na área da saúde. O atraso no salário dos médicos é uma preocupação constante no dia a dia da gerência municipal”, justifica em nota publicada no site.

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Além do carnaval, outras festividades como Festa do Trabalhador, Feira do Livro, Festival de Cinema e Semana Farroupilha não devem receber aporte financeiro do município. Os eventos que contam com recursos estaduais e federais serão mantidos. A decisão foi explicada pelo prefeito Airton Souza. 

“No ano 2025, não haverá verba pública para nenhum tipo de evento municipal, precisamos hoje buscar soluções para a área da Saúde. Conseguiremos apenas apoiar os eventos de forma institucional, cedendo locais públicos, por exemplo”, disse o prefeito.

Reunião após polêmica

O encontro com o prefeito Airton Souza ocorreu após uma manifestação na frente da Prefeitura de Canoas na tarde de quinta-feira. O Movimento Amplo dos Povos Tradicionais de Matriz Africana organizaram um “tamboraço”, pedindo a exoneração do secretário Pinheiro Neto e da adjunta Larissa Rodrigues. 

De acordo com a Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba) e com a Associação das Escolas de Samba de Canoas (Aesc), a pasta vetou enredos sobre religiões de matriz africana, pessoas negras e comunidade LGBTQIA+ como contrapartida para uso do Parque Eduardo Gomes para desfiles.

A postura preconceituosa gerou revolta dentro das entidades. O caso foi denunciado na Delegacia de Combate à Intolerância e no Ministério Público Federal (MPF). 

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