Milei se defende em meio a investigação sobre $LIBRA: “Ninguém colocou uma arma na cabeça de quem investiu”

Javier Milei, presidente da Argentina, se defendeu publicamente pela primeira vez sobre a investigação do caso $LIBRA em entrevista no último domingo (2). Ele afirmou que não tem responsabilidade, e quem investiu foi porque quis assumir os riscos. De certa forma, Javier Milei manteve-se coerente ao seu posicionamento político libertário. Afinal, buscar ajuda do Estado para proteção contra uma aposta financeira no livre mercado não satisfaz a ideologia do presidente argentino.

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“Aqueles que investiram [na Libra] fizeram isso por vontade própria. Ninguém colocou uma arma na cabeça deles”, disse Milei, em entrevista ao canal LN+, de acordo com a Exame. “Parece um conjunto de fofocas que você ouviria de rancorosos em um cabeleireiro. Vamos ao ponto central: é um problema de terceiros com terceiros, não é problema meu”, disse Milei.

A investigação sobre a criptomoeda $LIBRA, supostamente com vínculo ao presidente da Argentina Javier Milei, ganhou um novo capítulo com a atuação do procurador federal Eduardo Taiano, conforme noticiou a mídia local “Clarín”. Além disso, Taiano implementou uma série de medidas para esclarecer suspeitas de fraude, corrupção e tráfico de influência.

Milei entra na mira de procurador em investigação

A investigação do procurador federal envolve diretamente o presidente da Argentina, e um grupo de empresários. Estes empresários, segundo as autoridades, lucraram cerca de US$ 110 milhões com a comercialização do ativo digital.

Trata-se da empresa de marketing e investimentos Kelsier, de Hayden Davis, que acabou com um montante de US$ 100 milhões do projeto. O procurador agora busca o congelamento dos fundos por vias legais.

Em paralelo, as autoridades trabalham na recuperação de publicações excluídas em redes sociais, incluindo um tuíte de Milei publicado em 14 de fevereiro, no qual o presidente promovia a criptomoeda.

As investigações também buscam reconstruir as operações financeiras realizadas nos dias 14 e 15 de fevereiro, período em que $LIBRA teve seu maior volume de negociações.

Apesar de já terem sido identificados valores movimentados, a identidade dos operadores ainda é desconhecida devido ao uso de carteiras digitais codificadas que dificultam a rastreabilidade.

Congelamento de ativos e cooperação internacional

Para impedir a dispersão dos fundos obtidos de maneira fraudulenta, o procurador solicitou o congelamento de diversas carteiras digitais identificadas na investigação. Essa medida visa impedir a transferência de ativos para outras plataformas, o que dificultaria o rastreamento dos valores.

Paralelamente, Taiano está trabalhando em pedidos de cooperação internacional para obter informações sobre as transações realizadas em exchanges estrangeiras. A investigação conta com o apoio de organismos reguladores e de instituições financeiras internacionais para identificar possíveis tentativas de lavagem de dinheiro e desvio de recursos.

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