Número de acidentes com aranhas cresce em Gramado e Vigilância em Saúde frisa cuidados

Temidas, aparecem frequentemente em Gramado durante os meses de janeiro a março, no interior das residências e nos jardins.

As aranhas e outros animais peçonhentos estão mais perceptíveis neste verão. Escondidas dentro de calçados, em frestas, em móveis abertos e sem iluminação. As ondas de calor, com aumento das temperaturas, propiciam a proliferação dos insetos. Com isso, os animais de oito patas aparecem com maior frequência, para se alimentar.

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“Elas estão no habitat delas. Gramado é uma cidade arborizada, com bastante área verde e fauna, estamos mais suscetíveis a ter contato com esses animais peçonhentos. A população deve ficar alerta e redobrar os cuidados”, frisa a diretora da Vigilância em Saúde, Flávia Oliveira.

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Aumento de picadas

Na região, as máximas altas trouxeram a presença delas de forma mais constante. O resultado foi o aumento de acidentes com as aranhas. Apenas nestes primeiros meses do ano, Gramado já registrou 63 ocorrências com aracnídeos. Desses, sete precisaram de soro como tratamento e 56 não tiveram indicação. O dado praticamente se iguala a 2023, quando foram 69 casos. Já durante todo o ano passado, foram 103 picadas.

E os números também aumentaram envolvendo acidentes com outros animais peçonhentos, como abelhas e serpentes. Enquanto que, em 2024, foram 11 pessoas atacadas por abelhas e uma por serpente, neste, já foram dez e uma, respectivamente.

“A comunidade deve ficar mais atenta no período de calor e também pelo período de reprodução dos animais peçonhentos”, explica Flávia.

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Conforme a responsável, esta é uma época em que a comunidade fica mais exposta às picadas. Por isso, é preciso cuidar ao vestir roupas, tênis e deitar na cama, por exemplo. “Porque estamos de pé descalço, chinelo, bermuda. Então, esse aumento é bem significativo”, diz.

Importância

Vale ressaltar, contudo, que nem todas as espécies são perigosas.

E, mesmo que ver aranhas pela casa possa não ser algo tão agradável, elas não estão lá apenas para causar medo ou fazer teias. Na verdade, elas são de grande ajuda. “São animais muito importantes para o funcionamento do ecossistema, pois são predadoras que se alimentam de artrópodes e outros insetos, que, em grande quantidade, podem se tornar pragas”, afirma a bióloga Sarah Peixe.

*Colaborou Milena Braga