Hugo Motta minimiza tensão sobre presidência de Eduardo Bolsonaro em Comissão

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) pode suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), negou, nesta terça-feira (11), que exista uma crise envolvendo a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para presidir a Comissão de Relações Exteriores e o Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração do presidente da Câmara foi uma resposta às críticas feitas pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que havia levantado preocupações de que a escolha do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para comandar a comissão poderia gerar um desentendimento com a Suprema Corte.

Recentemente, Eduardo Bolsonaro foi acusado de promover uma agenda de “traição nacional”, defendendo intervenções externas nos assuntos internos do Brasil. Entre os alvos da ação está o ministro Alexandre de Moraes, processado nos Estados Unidos por supostamente interferir na soberania norte-americana. As ações contra o magistrado brasileiro tiveram a assinatura do filho do ex-presidente.

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O PT tem disputado com o PL o comando da comissão. Em conversas com aliados, Lindbergh Farias afirmou que aceitaria outro nome do PL para a presidência, desde que não fosse o de Eduardo Bolsonaro.

Em entrevista a jornalistas, Motta afirmou que não acredita em uma crise com o STF, pois a distribuição das comissões entre os partidos “já é conhecida por todos”.

Ele destacou que, segundo um acordo firmado ainda na gestão de Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, a presidência das comissões é atribuída conforme a proporcionalidade das bancadas. Assim, o PL, com 93 deputados, tem direito à 1ª e 2ª escolhas.

“É uma praxe regimental. Não há muito o que o presidente fazer, o que outros partidos fizerem. Por quê? Porque isso se dá pelo tamanho de cada bancada. Então, não tem nenhuma novidade nisso. Não há como interferir, não há como mudar esse bloco, que é o bloco do início da legislatura. Não é nem o bloco que foi formado agora para a nossa eleição. Nós vamos cumprir, regimentalmente, aquilo que tem que ser cumprido por nós nessa escolha. Sempre tem que ser cumprido”, explicou Motta.

O presidente da Câmara também anunciou que “baterá o martelo” sobre qual partido ficará com cada comissão durante a reunião de líderes marcada para quinta-feira (13).

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