Concorrente da XP, Ativa, sai em defesa da corretora nas acusações

Nesta quarta-feira (12), a XP Inc., gigante do mercado financeiro brasileiro, foi alvo de acusações de operar um esquema de pirâmide financeira, conforme relatório publicado pela Grizzly Research. No entanto, a corretora Ativa, uma de suas concorrentes diretas, veio a público defender a XP. Ela rebate algumas das alegações feitas pela empresa de análise norte-americana.

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O relatório da Grizzly basicamente sugere que a XP emite Certificados de Operações Estruturadas (COEs), e os vende com deságio para o investidor de varejo que queira resgatar antes do vencimento. Após isso, usam esses fundos para comprar mais.

Em um comunicado, a Ativa argumenta que os fundos Coliseu e Gladius, citados no relatório como centrais para a suposta fraude, funcionam, na realidade, como ferramentas contábeis.

Estas ferramentas supostamente permitem à XP reduzir significativamente sua alíquota efetiva de Imposto de Renda. Enquanto a tributação padrão para empresas brasileiras é de 34%, a XP conseguiu operar em 2023 com uma alíquota de apenas 1%.

A Ativa ressalta que o relatório da Grizzly cometeu um erro ao comparar os R$ 167 bilhões em ativos sob gestão da XP Asset com o total de ativos sob custódia da XP, que somam R$ 1,08 trilhão.

Não há crime mas existe ‘abuso’ de COEsna XP, diz Ativa

Dessa forma, segundo a concorrente, não há inconsistência nos resultados financeiros da XP. Ainda mais que os fundos Gladius e Coliseu representam, em certa medida, o desempenho operacional da empresa.

Contudo, a Ativa reconhece que a XP se apoia fortemente em produtos de alta margem, como os COEs, para manter seus níveis de rentabilidade.

O relatório da Grizzly apontou que esses produtos financeiros, considerados complexos e de difícil compreensão para investidores de varejo, são amplamente utilizados pela XP, o que levanta questionamentos sobre a sustentabilidade do modelo de negócios da companhia.

“A XP apresenta um ROA (Retorno sobre Ativos) exclusivo de investimentos próximo a 1%. O que está em linha com uma receita de R$ 11 bilhões. Assim, discordamos da tese de que os resultados da XP estejam atrelados a um esquema Ponzi”, declarou a Ativa.

Entretanto, a corretora não deixou de apontar que investigações como a conduzida pela Grizzly Research levantam preocupações legítimas. Entre elas, sobre a baixa alíquota tributária da XP e o possível risco fiscal que a empresa pode enfrentar no futuro.

Com a exposição pública de seus métodos contábeis, cresce a possibilidade de um aumento do escrutínio regulatório sobre suas operações. A XP respondeu a pedidos de comentários da Reuters. A instituição disse estar ciente de “alegações infundadas”.

“A XP está ciente das alegações infundadas divulgadas recentemente e reforça seu compromisso inegociável com transparência, conformidade regulatória e governança rigorosa”, afirmou a XP em comunicado após ser procurada pela Reuters.

“A empresa segue todas as normas estabelecidas por órgãos reguladores, como CVM e SEC, e tem suas operações auditadas regularmente por instituições independentes”, finalizou.

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