Justiça mantém prisão de advogado acusado de ser braço jurídico do CV

A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou, por unanimidade, nessa terça-feira (11/3), o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do advogado Jonas Ferreira da Silva, preso na Operação Apito Final, acusado de integrar o núcleo jurídico da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no estado.

Preso em abril de 2024 pela Polícia Civil de Mato Grosso, Jonas é acusado dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, ele teria papel estratégico como “braço jurídico” da facção, facilitando a compra de imóveis e movimentando grandes quantias em dinheiro provenientes do tráfico.

Entre as acusações está a compra de imóveis em nome próprio, com recursos supostamente ilícitos, incluindo aquisições no bairro Jardim Florianópolis, apontado pela polícia como centro das atividades criminosas lideradas por Paulo Witer, tesoureiro da organização.

A defesa alegou que a acusação seria uma tentativa de criminalizar a atuação profissional de Jonas, sustentando que ele não representaria riscos caso fosse solto, já que possui residência fixa em Cuiabá e atividade profissional comprovada.

No entanto, o desembargador Marcos Machado, relator do caso, destacou em seu voto que a situação atual é distinta de ocasiões anteriores, quando Jonas recebeu habeas corpus. Segundo o magistrado, as provas coletadas, como transações financeiras vultuosas e imóveis adquiridos pelo acusado em seu nome, justificam a manutenção da prisão preventiva.

Apito Final

Deflagrada pela Polícia Civil, a operação Apito Final investiga um esquema criminoso liderado por Paulo Witer, suspeito de movimentar aproximadamente R$ 65 milhões obtidos com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Paulo utilizava pessoas como “laranjas” para aquisição de imóveis, veículos e realização de outras atividades econômicas com recursos ilícitos.

 

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