OAB-DF suspende advogado que bateu em ex-namorada dentro de igreja

A seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) suspendeu, nesta quinta-feira (13/3), o advogado Josué Calebe Ribeiro Sant’anna, 30 anos. Ele é investigado por diversos atos de violência doméstica contra a ex-namorada e ainda teria agredido outra mulher com quem mantinha relacionamento.

A segunda vítima é advogada, de 33 anos. Após aplicar um mata-leão na mulher para obrigá-la a ir dormir, o agressor chegou a afirmar que, se ela não fosse dormir, a apagaria “de uma forma ou de outra”.

A coluna verificou que Josué consta como “suspenso” no Cadastro Nacional de Advogados (CNA).

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O advogado Josué Calebe Ribeiro Sant’anna

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Advogado agressor é flagrado acuando mulher em lanchonete no DF

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Ouça áudio de advogado agressor: “Fiz merda, não tenho que justificar”

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Procurado, o presidente da OAB-DF, Paulo Maurício Siqueira, o Poli, confirmou que o cadastro do CNA está atualizado e que, diante da gravidade do caso, foi necessária a suspensão. Ele informou, contudo, que não pode dar mais detalhes porque o processo tramita em sigilo.

Prisão

Josué é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por diversos atos de violência doméstica contra uma ex-namorada, como ameaçar, perseguir e espancar a advogada, com quem ele manteve um relacionamento.

A vítima relatou à polícia que Calebe a agrediu na noite de 5 de março, quando ambos estavam em casa. O homem se descontrolou quando a advogada se negou a ir deitar com ele. Diante da negativa, o agressor a puxou pelo braço e a enforcou para que ela deitasse.

Dias depois, os episódios de violência continuaram, inclusive dentro de uma igreja. Em 9 de março, Calebe começou a gritar dentro do templo e acusar a namorada de ter relações extraconjugais.

Em fúria, o advogado gritou dizendo que a mulher apanharia mesmo dentro da igreja e seguiu dando tapas e torcendo o braço dela. Assustada, a vítima contou com a ajuda de uma pastora para se esconder em um local seguro na igreja e escapar do agressor, antes que ele a pegasse.

Matar a mãe

Após as agressões dentro da igreja, a advogada seguiu para uma lanchonete na companhia de amigos, em Arniqueiras. Transtornado, Calebe cercou a mulher dentro do estabelecimento e tentou puxá-la para fora do local. Aos gritos, o advogado bradava que sabia onde a mãe da vítima trabalhava e que iria matá-la.

Amigos da advogada precisaram intervir para evitar que ela fosse agredida. Funcionários da lanchonete a levaram para uma área restrita até que o homem fosse embora. Já na delegacia, a mulher relatou que costumava ser agredida com frequência por Calebe, mas que nunca havia registrado ocorrência.

A vítima relatou que costumava levar tapas e passar por sessões de enforcamentos, além de ser jogada na cama e xingada. Para escapar das surras, a advogada tentou fugir do agressor pela janela do apartamento, colocando a própria vida em risco. Ela requereu medidas protetivas de urgência contra o ex.