Ex-careca, químico do TCP fazia home office e fugiu por seis décadas

Luís Carlos Lomba (foto em destaque), conhecido como Chocolate, foi preso pela primeira vez nessa quinta-feira (13/3), após mais de seis décadas sem ser capturado pela polícia. Aos 61 anos, ele é apontado como um dos principais químicos do Terceiro Comando Puro (TCP) e operava remotamente, em um esquema “home office”, multiplicando cocaína para a facção criminosa que atua no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio.

Segundo o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, Chocolate já tinha mais de 80 inquéritos policiais contra ele, acumulados ao longo de décadas, mas conseguiu permanecer longe da prisão até agora. Para evitar ser reconhecido, o criminoso realizou procedimentos estéticos como harmonização facial, implante capilar e colocação de barba, além de começar a usar óculos.

Morando em Itaperuna, no Norte Fluminense, a 300 km do Rio, Chocolate comandava à distância a produção química da facção, transformando cada quilo de cocaína pura em até sete quilos da droga adulterada. Sua experiência era tamanha que chegou a treinar outro criminoso, identificado apenas como “Orelha”, para executar a mesma função.

Chocolate foi capturado durante a Operação Espoliador, deflagrada com o objetivo de prender foragidos acusados de roubo, latrocínio e receptação. O criminoso tinha um mandado de prisão expedido desde 2024 por associação criminosa e roubo.

A megaoperação, que prendeu mais de 600 pessoas em todo o estado, enfrentou resistência armada em alguns locais, como na Comunidade Teixeiras, na Zona Oeste, onde agentes da Delegacia do Consumidor foram recebidos a tiros e uma viatura policial caiu em um valão após confronto com criminosos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.