De algema a arma de fogo: regras rígidas surpreendem passageiros no embarque de cruzeiros; veja itens mais curiosos

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Javier Carnevale, Gerente de Operações do Concais

Quem embarca em um cruzeiro nem sempre imagina que sua mala pode ser barrada logo no terminal. Mas os procedimentos de segurança seguem normas internacionais e são rigorosos para evitar qualquer risco a bordo. Esse foi o tema central da palestra de Javier, especialista em operações portuárias, no Cruise 360, evento realizado neste sábado (15) em Santos.

“Tem gente que não imagina que sua mala pode ser barrada logo no embarque. Mas segurança vem em primeiro lugar. Os navios seguem regras muito rígidas, e o passageiro precisa estar ciente do que pode ou não levar a bordo. Se um item é retido, não adianta reclamar depois”, alertou o Gerente de Operações do Concais, Javier Carnevale.

O especialista destacou que um dos maiores desafios é a falta de informação por parte dos passageiros. “As regras estão descritas, mas pouca gente lê. Depois, quando um objeto é apreendido, sempre vem aquela frase: ‘Mas ninguém me avisou’. É por isso que precisamos reforçar essa comunicação e evitar transtornos desnecessários no embarque”, completou.

Luiz Brito, supervisor do Contermas, reforçou a importância do controle nos terminais e a necessidade de barrar itens proibidos. “A gente sabe que as regras estão disponíveis, mas poucos passageiros prestam atenção. Só nos últimos 15 dias, em Salvador, tivemos retenção de arma de fogo. E navios não aceitam guardar armamento, nem mesmo de agentes de segurança”, explicou.

Além de armas de fogo, outros itens frequentemente retidos incluem drones, ferro de passar roupa, chapinha, babyliss, facas e objetos cortantes. “Tem casos em que o passageiro embarca em um porto onde a fiscalização não é tão rigorosa, mas no destino seguinte tem a bagagem revistada e o item é apreendido. Isso gera reclamações, mas faz parte do nosso trabalho garantir a segurança”, disse Brito.

Entre os objetos já retidos no embarque, há histórias curiosas. “Algemas e acessórios de fantasia sempre aparecem. Alguns passageiros acham engraçado, mas é algo que pode gerar problemas na fiscalização”, comentou um dos participantes do debate.

Mesmo em tom descontraído, o alerta é sério: qualquer item que represente um risco pode ser barrado. Em alguns casos, a retenção de um objeto proibido pode até impedir o embarque do passageiro.

Como evitar problemas no embarque?

As companhias marítimas orientam que os passageiros sempre verifiquem as diretrizes da empresa antes da viagem. Luiz lembra que algumas situações podem ser evitadas com planejamento. “Se o passageiro precisar levar um item especial, pode tentar uma autorização prévia. Mas armas de fogo, por exemplo, são proibidas sem exceção, e já tivemos casos de pessoas que perderam o navio por não poderem embarcar com esse tipo de objeto”.

O Cruise 360 reforçou que, para garantir uma experiência tranquila, os viajantes devem estar atentos às normas de embarque e não deixar para resolver essas questões de última hora. Afinal, ninguém quer começar uma viagem dos sonhos com um problema logo no terminal.

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Luiz Brito, supervisor do Contermas (Felipe Abílio/M&E)

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