Bolsonaro comanda ato em Copacabana por anistia ao 8 de Janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa, neste domingo (16), de um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A manifestação ocorre em meio à expectativa pela análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “Núcleo 1”, grupo que inclui o próprio Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.

O evento deve reunir apoiadores ao longo do dia e contará com a presença de aliados políticos do ex-presidente, incluindo governadores, deputados e senadores. Entre os chefes de Executivos estaduais confirmados estão Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Melo (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT). Bolsonaro e seus aliados discursarão em um trio elétrico.

Pressão pelo PL da Anistia

A manifestação reforça a tentativa de impulsionar o Projeto de Lei da Anistia, que busca extinguir as condenações dos envolvidos no 8 de Janeiro. A proposta tem apoio de parlamentares bolsonaristas, mas enfrenta resistência no Congresso Nacional, incluindo do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tenta evitar conflitos com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última semana, o STF condenou mais 63 pessoas pelos atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, elevando para 480 o número de sentenciados.

Críticas ao STF e repercussão internacional

Além da defesa da anistia, o ato também deve reforçar críticas ao STF, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe. Bolsonaro já acusou Moraes de agir de forma ilegal, principalmente após a Polícia Federal (PF) indiciá-lo em novembro do ano passado.

O evento também busca repercussão internacional. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que mantém relações próximas com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tem sido alvo de críticas da esquerda por supostamente tentar influenciar autoridades americanas contra o STF e o governo brasileiro. O parlamentar nega as acusações.

O julgamento da denúncia contra Bolsonaro

O STF agendou para os dias 25 e 26 de março a análise da denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros sete investigados do “Núcleo 1”, entre eles Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto.

A denúncia será analisada pela 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A decisão não determinará culpa ou inocência dos acusados, mas pode transformá-los oficialmente em réus, caso a denúncia seja aceita. A expectativa é que os ministros do STF acatem a acusação.

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