Israel lança ataques na Faixa de Gaza após impasse sobre reféns

Na madrugada de terça-feira (18/3) pelo horário local — noite de segunda-feira (17/3) no Brasil —, as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de ataques contra a Faixa de Gaza. A ofensiva marca a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo com o grupo Hamas, em janeiro deste ano. Segundo a emissora Al Jazeera, o saldo inicial é de 86 mortos e centenas de feridos.

O governo israelense afirmou que os ataques têm como alvo lideranças do Hamas e infraestrutura considerada estratégica para o grupo, classificado como organização terrorista por Israel e outros países. A operação é realizada em parceria com a Agência de Segurança de Israel, responsável pela inteligência do país.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a ordem para a ofensiva ocorreu após o Hamas recusar a libertação de reféns mantidos em Gaza e rejeitar todas as propostas de negociação apresentadas.

“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o governo israelense, destacando que a operação pode se intensificar conforme necessário.

Acusação

Em resposta, uma autoridade do Hamas acusou Israel de violar unilateralmente o acordo de cessar-fogo, colocando em risco a segurança dos reféns. “Estes ataques levam os reféns a um destino incerto”, declarou o representante do grupo.

A escalada do conflito levou Israel a impor restrições adicionais às comunidades próximas à fronteira com a Faixa de Gaza. Escolas nas áreas afetadas tiveram as aulas suspensas como medida de precaução.

Antes dessa ofensiva, ataques menores já haviam sido registrados. No último sábado (15/3), nove pessoas morreram em um bombardeio no norte do território, segundo profissionais de saúde locais.

O cessar-fogo, iniciado em 19 de janeiro, previa uma pausa total nos ataques e a troca de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel.

No entanto, o prazo da primeira fase do acordo terminou em 1º de março sem avanços significativos, resultando na suspensão da entrada de ajuda humanitária em Gaza por parte de Israel.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.