“Mundo não comporta mais guerra”, diz Lula um dia após ataque em Gaza

São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18/3) que o “mundo não comporta mais guerra” e que espera que Israel pare de atacar os palestinos, um dia após a retomada dos ataques israelenses na Faixa de Gaza.

A declaração de Lula aconteceu durante uma visita do presidente à fábrica da Toyota em Sorocaba, no interior de São Paulo, e foi motivada por uma fala anterior de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), que também esteve no evento.

Alckmin citou que este era um “grande dia”, comentando o anúncio do projeto de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, e lembrou uma fala do Papa Paulo VI para dizer que o desenvolvimento é o “novo nome da paz”.

“O papa Paulo VI dizia que o desenvolvimento é o novo nome da paz, porque é a paz verdadeira, onde as pessoas têm emprego, têm salário, têm vida digna, podem criar a sua família. Parabéns presidente Lula, presidente da paz e do desenvolvimento”, disse Alckmin. Na sequência, Lula discursou e lembrou as guerras que acontecem no mundo neste momento.

“Depois do discurso do Alckmin, eu espero que o cara que comanda o exército de Israel tenha ouvido a palavra dele para parar de atacar palestinos. Espero que o Putin e o Zelensky tenham ouvido para poder entrar em paz. O mundo não comporta mais guerra”, disse o presidente.

O petista disse que o mundo gastou trilhões de dólares em armas no ano passado, enquanto muitos passam fome. “Significa uma inversão de valores que não poderia acontecer no mundo hoje”.

Lula chegou à fábrica da Toyota, por volta das 16h15, depois do avião em que ele estava arremeter ao tentar pousar no aeroporto da cidade. No momento da manobra, ventava bastante no local. A segunda tentativa de pouso, no entanto, foi bem sucedida.

Na fábrica, Lula teve uma reunião com executivos da montadora, visitou as obras de expansão do complexo, e foi apresentado aos modelos híbridos produzidos pela marca. Depois, andou pelo pátio e cumprimentou funcionários.

Além do presidente e seu vice, os ministros petistas Fernando Haddad e Luiz Marinho, da Fazenda e do Trabalho também participaram da visita.

Mais cedo nesta terça-feira, o presidente anunciou em Brasília o projeto de lei para isentar do imposto de renda quem recebe até R$ 5 mil. A proposta foi apresentada ao lado de  Haddad (PT), e da ministra da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann.

A isenção vai beneficiar 10 milhões de brasileiros e será compensada pela criação de um imposto mínimo para quem tem renda mensal acima de R$ 50 mil. A tributação mínima, que será progressiva, deve impactar 141,4 mil pessoas (ou 0,13% dos contribuintes do país).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.