Vídeo: veja momento que desembargador grita perto do plenário do STF

O advogado Sebastião Coelho, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), chamou a atenção, nessa terça-feira (25/3), primeiro dia do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados.

Ao gritar e ser barrado do lado de fora da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ele acabou detido pela Polícia Judicial. Até essa terça-feira (25/3), só era possível ver o momento em que Alexandre de Moraes pausa a leitura do relatório do caso devido à gritaria.

Agora, o Metrópoles mostra de outro ângulo como foi a gritaria: “Vergonha. Não tenho medo. Arbitrários”, diz o desembargador ao sair do elevador que dá acesso à Turma.

Veja o vídeo:

A postura do desembargador interrompeu brevemente a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes durante o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e aliados.

Ao fim da confusão, Sebastião foi retirado do local e acabou detido em flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação de Sebastião Coelho.

Segundo o STF, Sebastião Coelho não realizou o credenciamento prévio exigido para advogados que desejam acompanhar o julgamento presencialmente.

Coelho atua como advogado de Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente Bolsonaro. Martins é um dos denunciados pela PGR, mas o julgamento dele não ocorre nesta semana.

Em conversa com a imprensa, o desembargador aposentado criticou o processo e disse que aguardou para entrar na sala, mas foi impedido.

“Chegando à porta da Primeira Turma, não nos deixaram entrar. Vi vários lugares vazios dentro daquele plenário. Isso me causou grande revolta”, queixou o desembargador.

O adogado foi levado à sala da Segunda Turma, onde a sessão estava sendo transmitida por um projetor.

“Se for para assistir pelo telão, prefiro ver de casa, o que vou fazer agora. A denúncia é única. Não interessa que não me deixaram entrar”, afirmou o desembargador deixando o STF.

Sebastião Coelho afirmou, ainda, que acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para reportar proibição de entrar no plenário. A OAB informou que apura o ocorrido.

Mudança

Após os gritos do desembargador aposentado Sebastião Coelho nos corredores da Primeira Turma, o STF instalou uma película branca na porta de vidro que dá entrada ao colegiado para não dar visibilidade dentro da turma. Foi uma decisão administrativa devido ao tumulto provocado pelo advogado.

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