Daniel Donizet será relator da CPI do Rio Melchior na CLDF

O deputado distrital Daniel Donizet (foto em destaque) foi escolhido nesta quarta-feira (26/3) para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que pretende investigar a poluição do Rio Melchior.

A CPI já havia definido Paula Belmonte e Joaquim Roriz Neto (PL) como presidente e vice do colegiado. A votação ocorreu em 18 de março.

Os deputados Gabriel Magno (PT) e Rogério Morro da Cruz (PRD) também compõem a comissão. Os suplentes são: Max Maciel (Psol), Chico Vigilante (PT), Thiago Manzoni (PL), Martins Machado (Republicanos) e Hermeto (MDB).

Os deputados que compõem a CPI do Rio Melchior devem se reunir já na próxima semana para definir os primeiros convocados.

Apesar de ter sido apresentada em 2023, a CPI do Rio Melchior entrou em uma fila junto a outros requerimentos de comissões de inquérito e só recebeu sinal verde há um mês, em 18 de fevereiro.

O objetivo, conforme a proposta, é apurar as responsabilidades pela poluição do rio, que fica entre as regiões administrativas de Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol.

O Rio Melchior

Responsável pelo abastecimento de 1,3 milhão de pessoas no Distrito Federal, o Rio Melchior é classificado como Classe IV no nível de poluição, o pior na graduação de alarme. A classificação proíbe o contato humano, pesca ou irrigação.

Em agosto de 2024, reportagem do Metrópoles mostrou que moradores da região creem que o rio seja responsável por diversos casos de adoecimento na comunidade.

Em 2023, famílias do Setor Cerâmica, na VC 311, em Samambaia, relatavam sofrer febre, dor de cabeça, diarreia, e mal-estar.

Em 2021, o ativista ambiental Newton Vieira acionou o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e as comissões de Defesa de Direitos Humanos e do Meio Ambiente da CLDF para apurar a situação do Melchior, na altura da ponte da Vicinal 311 (VC-311). Na época, a Defesa Civil já havia classificado o local como área de emergência sanitária.

Além disso, o aparecimento de corpos estranhos e a qualidade da água do Rio Melchior são investigados pela Policia Civil do Distrito Federal (PCDF). A investigação teve origem após denúncia formulada pela comunidade científica da Universidade de Brasília (UnB), em data bem anterior ao suposto incidente que deu origem à multa.

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