Simpar (SIMH3) reverte prejuízo e lucra R$ 82 mi no 4T24; avanço foi de R$ 296 mi

A Simpar (SIMH3), holding que abarca nomes como Vamos (VAMO3), Movida (MOVI3) e Automob (AMOB3), divulgou seus resultados na noite desta quarta-feira, 26. A companhia reverteu prejuízo líquido e teve lucro líquido ajustado de R$ 82 milhões, com alta de R$ 296 milhões na comparação com o 4T23.

“Passamos um ciclo de construção forte de crescimento, entramos num ciclo que terá crescimento sim, mas o foco é na eficiência e em extrair o maior valor. Estamos dentro de negócios que se provam resilientes, nas situações mais diversas, e essa diversificação eu acho que é uma fortaleza do grupo”, afirma Denys Ferrez, CFO da Simpar. O momento da Simpar, em sua visão, é de consolidação das bases construídas.

A companhia apresentou avanço em todas as principais linhas do balanço, com alta de 32% no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, em R$ 2,7 bilhões. No ano, o Ebitda ajustado ficou em R$ 10,5 bilhões, alta anual de 28%.

A receita bruta, por sua vez, ficou em R$ 8,9 bilhões, com alta de 25% na comparação anual.

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Na JSL (JSLG3), o volume contratual passa a dar frutos e a companhia segue oferecendo segurança operacional, mais do que buscando liderança em um mercado reconhecidamente fragmentado.

“Muitas vezes passa por uma capacidade de ter flexibilidade para atender alguma coisa extraordinária que o cliente tem. Então você tem essa tranquilidade com a JSL, e quando você começa a enfrentar um cenário macro como a gente tem hoje com as taxas de juros mais altas, você, infelizmente, tem os menores mais fragilizados”, considera o CFO.

Dentre os destaques do balanço da companhia, estão a geração de caixa livre importante, assim como o avanço na receita.

A Movida (MOVI3), por sua vez, enfrenta momento de trabalho não concluído ainda mas consistente, na visão do CFO. “É uma empresa que está muito organizada, fez o seu ajuste de frota, está com a frota equilibrada, no perfil adequado. De novo, já passou pela fase do crescimento, então agora ela vem aprimorando a sua performance”, afirma.

Para 2025, a empresa deve focar mais na eficiência que no crescimento, assim como será a tônica do grupo.

Na Vamos (VAMO3), a inflexão que o mercado começa a enxergar foi destacada pelo executivo. A empresa passou a ser reintroduzida no mercado e o balanço foi aguardado com expectativa pela transação feita no fim do ano.

“Eu acho que é uma empresa com um comportamento bastante linear. Investidor gosta, né? A Vamos fala em crescimento de uma forma mais gradual, que permita ela, além de crescer, se desalavancar. Ela tem, como oportunidade do ano, um estoque de ativos pagos ainda para entrar em operação”, destaca.

A história nova da companhia, Automob (AMOB3), se apresenta em três principais frentes: automóveis, caminhões e agro.

“Acho que o agro no Brasil é uma tremenda potência. A gente teve, dentro desses percursos do agro, eventos que dizem respeito à nossa própria gestão e aprendizado. Então eu acho que agora dentro de uma única empresa, com foco em um perfil de negócio de concessionária, a gente vai ser muito mais rápido e mais atento às características intrínsecas do negócio que poderiam, por exemplo, ter ditado alguns dos percursos que nós tivemos”, afirma.

O executivo enxerga muitas oportunidades para a companhia mas considera que o negócio ainda depende da “paciência do investidor”, em suas palavras.

Dentre as outras empresas do grupo, a CSInfra traz novidades, como a entrada em operação de porto e as novas concessões (Bloco Leste e Lote 5 Mato Grosso). Ainda que os investimentos ainda não tenham tendência de retorno nos próximos trimestres, o executivo destaca que o retorno poderá ser visto ainda em 2025. A Ciclus Ambiental, composta pela Ciclus Amazonia e Ciclus Rio, se recupera de estrutura de capital afetada pela definição e implantação de reequilíbrio, que foi assinado apenas em dezembro de 2023. A estrutura de capital também afetou os dados da CSBrasil, que apresentou prejuízo. Já a BBC, braço que apoia as outras divisões, teve crescimento na carteira de crédito e, por isso, inadimplência abaixo da média do mercado.

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