Honda Fit – um dos carros queridinhos de quem quer espaço e confiabilidade | Carro Usado do Dia

Lançado no Brasil em 2003, o Honda Fit rapidamente se tornou um dos carros mais importantes da marca. Com números expressivos de vendas, o hatch com ares de monovolume reinou por muito tempo como uma opção única, graças aos seus atributos. Hoje, reina como um dos mais desejados usados do mercado.

Mas por que isso é relevante? Simples: todo carro que vende bem garante um vasto mercado de peças, uma grande rede de profissionais capacitados para manutenção e diversas opções no segmento de usados. Por isso, o Honda Fit é o nosso Carro Usado do Dia.

Por que o Honda Fit?

O Honda Fit sempre atraiu um público mais conservador, que costumava manter as revisões em dia, muitas vezes na própria concessionária. Afinal, quem escolhe um carro japonês geralmente busca confiabilidade e menos dor de cabeça.

Com 18 anos de história no Brasil, o Honda Fit se mostra como uma excelente opção para quem busca um carro usado. Em um dos principais buscadores de anúncios, encontramos unidades entre R$18.490 e R$105.990 – ou seja, há Fit para todos os bolsos.

O legado do Fit

A primeira geração do Honda Fit foi produzida entre 2003 a 2008, oferecendo quatro versões: LX, LXL, EX e o raro Fit S. Os dois primeiros eram equipados com o 1.4 de 80 cv, enquanto as versões topo de linha vinham com um 1.5 de 105 cv. Todas as versões podiam ser encontradas com câmbio manual de cinco marchas ou CVT. As unidades flex são raras.

Honda Fit de primeira geração prata de lado com lojas ao fundo

A segunda geração (2008-2013) ampliou a oferta de versões: DX, LX, LXL, EX, EXL e Twist, sendo o último com visual aventureiro. Nessa fase, todos os motores eram flex, com o 1.4 entregando 101 cv (etanol) e o 1.5 chegando a 116 cv (etanol). O câmbio era manual ou automático convencional, marcando essa geração como a única no Brasil sem o CVT.

Já a terceira e última geração do Honda Fit (2015-2021) manteve as versões DX, LX, EX, EXL e trouxe o Personal, voltado para o público PCD. Aqui, o modelo se despediu do motor 1.4, mantendo apenas o 1.5 de 116 cv. O público também comemorou o retorno do câmbio CVT, que voltou a ser oferecido ao lado do manual.

Honda Fit (divulgação)

Fit brasileiro

Agora que você já conhece o modelo, a história e o mercado, vamos ao usado da semana: um Honda Fit EXL 2018, gentilmente cedido para análise pelo nosso amigo Renan. Ele o escolheu para uso diário, principalmente por um item que faz toda a diferença: o Magic Seat.

Esse sistema de bancos traseiros, introduzido no Brasil pelo Fit, permite modular o espaço interno de forma prática, criando um assoalho plano total ou parcial, além da opção de levantar o assento traseiro para acomodar objetos mais altos.

Honda Fit 2015
Honda Fit [Divulgação]

O Fit também não decepciona no porta-malas de 363 litros. Ou seja, supera um SUV compacto como o Jeep Renegade, por exemplo, e ainda conta com espaço extra abaixo dos bancos traseiros. A solução é ótima para quem tem filhos ou gosta de carregar bastante coisa.

A carroceria monovolume contribui para essa versatilidade, um conceito cada vez mais raro no mercado atual, dominado pelos SUVs. Por isso o Honda Fit se torna uma alternativa de carro usado para quem procura mais espaço, mas quer fugir dos SUVs.

Carros injustiçados que se superaram nas vendas
Honda Fit [divulgação]

No design, o Fit envelheceu bem, principalmente na terceira geração, que ainda se mantém atual. No entanto, ele fica devendo alguns itens modernos, como faróis de LED (presente só na versão topo de linha do último modelo pós-reestilização), chave presencial e painel digital.

Por outro lado, compensa com uma qualidade de construção sólida e um interior robusto. A versão EXL, vem bem equipada com ar-condicionado digital, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay, volante multifuncional com borboletas para troca de marchas, piloto automático convencional e bancos em couro.

Honda Fit prata de traseira em um fundo florestal
Honda Fit [Alma Automotiva / Maurício Garcia]

Como é dirigir o Honda Fit?

Eu costumo dizer que não existe um Honda ruim de dirigir. Mesmo sem pretensão esportiva, o Fit entrega uma personalidade ao volante que muitos carros generalistas não têm. Ele conta com ajuste de altura e profundidade do volante, além de diversas regulagens para os bancos, permitindo encontrar uma posição de dirigir excelente – bem ao estilo japonês.

Sentar no Fit é encontrar uma possibilidade de conduzir um hatch de maneira mais baixa, próxima ao assoalho e conectada ao carro. Algo que acaba fugindo da tendência dos SUVs, que priorizam uma posição mais elevada. Isso que ele tem carroceria elevada.

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Honda Fit [divulgação]

A dinâmica ao volante lembra a de um hatchback, com pouca rolagem de carroceria e um comportamento agradável em curvas. Ou seja, muito longe de uma minivan, como seu formato sugere. Desde a segunda geração, traz direção elétrica assistida, e o volante de diâmetro pequeno, característico da Honda, melhora ainda mais a experiência ao dirigir.

Já o câmbio CVT da terceira geração foi aprimorado em relação à primeira. A evolução trouxe melhorias como a simulação de marchas, tornando a condução mais precisa e eliminando aquele ronco excessivo típico dos primeiros CVTs.

Honda Fit (divulgação)

O motor 1.5 flex entrega 115 cv a 6.000 rpm, uma característica dos motores giradores da Honda, e seus 15,3 kgfm de torque (etanol) podem parecer modestos frente aos motores turbo atuais. No entanto, com uma relação peso/potência de 9,52 kg/cv, o Fit oferece uma boa desenvoltura ao volante, mesmo com um 0 a 100 km/h em 12 segundos.

Por outro lado, o consumo do Fit se aproxima da eficiência dos motores mais modernos, especialmente com gasolina, alcançando médias urbanas acima de 12 km/l e rodoviárias superiores a 14 km/l. Dificilmente encontrará um carro usado com consumo tão bom quanto ele sem ser híbrido.

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Honda Fit Twist [Divulgação]

Ele dá Fit com o bolso?

Além do bom consumo, o Fit se destaca pela grande oferta de peças de reposição, tanto em concessionárias – onde os preços costumam ser mais altos – quanto em autopeças de confiança. Um dos pontos positivos é a ampla disponibilidade de profissionais especializados.

O Fit foi projetado para ser fácil de manter. A unidade que testamos, por exemplo, usa pneus 185/55 R16, uma medida comum e tranquila de encontrar. Em uma rápida busca na internet, encontramos preços entre R$300 e R$600. Já um kit de troca de óleo e filtros sai por cerca de R$400, com peças recomendadas pelo fabricante.

Honda Fit (divulgação)

Indo além, em manutenções mais pesadas, um kit de quatro amortecedores de marca renomada custa entre R$ 1.400 e R$ 1.600. Esse é um item compartilhado com seu irmão Honda City, o que contribui para a ampla disponibilidade de peças e preços mais acessíveis.

A hora de comprar

O grande problema é o quanto você vai pagar por um Honda Fit no mercado de carros usados. Faça uma breve pesquisa na internet e não vai ser incomum encontrar carros acima da Tabela Fipe, ainda mais quando se trata de carros com baixa quilometragem e em bom estado de conservação.

Carros injustiçados que deram surra nas vendas
Honda Fit 2019 (divulgação)

Na data desta publicação a Fipe do Honda Fit EXL 2019 é de R$82.724, pouco mais do que custa um Citroën C3 de entrada com bem menos equipamentos e motor mais fraco. Em um famoso buscador encontramos mais de 160 unidades de Fit anunciados.

Honda Fit 2019 (divulgação)

Um EXL com menos 25 mil quilômetros rodados pede na casa dos 96 mil reais, um EX com cerca de 35 mil quilômetros rodados tem anúncio por R$84.900. Valores acima da tabela Fipe, mas características de carros bem conservados.

O ponto positivo é que se você cuidar bem dele, provavelmente também venderá acima da tabela para o próximo proprietário. Afinal, acho que já encontramos motivos suficientes para você procurar um Honda Fit usado para sua garagem.

Fit
Honda Fit [Divulgação]

Conclusão

O Honda Fit é uma excelente opção de carro usado e continuará sendo por muitos anos. Desde que saiu de linha no Brasil e deu lugar ao City Hatchback, a procura pelos modelos usados só aumentou, e sua valorização no mercado segue em alta.

Lembre-se: antes de comprar um carro usado, sempre faça uma análise de pré-compra com um mecânico de confiança. Além disso, leve o veículo a uma loja de vistorias para checar seu histórico e verificar se há alguma pendência documental – assim, você evita que seu sonho se transforme em um pesadelo.

honda fit laranja de frente
Honda Fit [divulgação]

Quer saber mais? Gostaria de conhecer a unidade mencionada? No canal Alma Automotiva, há um vídeo completo sobre o Honda Fit EXL 2019 como uma excelente opção de compra. Confira!

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