Prefeitura projeta mais uma casa de bombas em Novo Hamburgo

O bairro Canudos terá duas casas de bombas, uma de frente para a outra. A informação é da Prefeitura de Novo Hamburgo, em resposta a uma pergunta sobre a operacionalidade da casa de bombas da Vila Kipling. O projeto da segunda casa de bombas está sendo elaborado, e após esta fase, ainda sem data, haverá estudo para desocupação de área para a obra.

Casa de bombas da Vila Kipling, no bairro Canudos. | abc+



Casa de bombas da Vila Kipling, no bairro Canudos.

Foto: Paola Altneter/GES-Especial

A construção da casa de bombas teve início em 2013 com previsão de término em 2015, mas o local nunca foi inaugurado. O que existe até hoje é o prédio, já invadido e servindo como morada de animais. A Prefeitura informa que, em avaliação posterior, a possibilidade de atuar com apenas uma casa foi descartada devido à alta complexidade de operação e manutenção do sistema.

Por isso, uma segunda casa de bombas na Vila Getúlio Vargas está sendo projetada, em frente à que já existe na Vila Kipling, na margem oposta do Arroio Pampa. “No projeto apenas a Vila Kipling teria uma estrutura funcional, com uma bacia de contenção do outro lado do Pampa e uma tubulação sob o arroio, mandando o conteúdo para a outra bacia”, explica nota.

O projeto para o bairro possuir duas casas está em fase de ajustes. “Para que os trabalhos avancem, são necessárias intervenções em diversos pontos, visto que um sistema de bombeamento não resume apenas na construção do prédio, mas de mudanças em todo o entorno”, explica comunicado. Esses ajustes incluem duas alças de acesso para a Avenida dos Municípios, que é uma via estadual. A estrutura serviria como parte do dique do lado da Vila Getúlio Vargas, na margem esquerda do Arroio Pampa.

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Desocupação

Somente após a conclusão dos ajustes do projeto a Prefeitura vai definir quantas famílias precisarão desocupar o espaço e receberão atendimento pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação (SDSH). “Famílias teriam que deixar suas residências para a construção da casa de bombas da Vila Getúlio Vargas e as estruturas necessárias na Alcântara, que exerce a função de dique para o curso hídrico”, informa nota.

Segundo o Executivo municipal, não há prazos estabelecidos para a finalização do projeto e o início das construções. Após concluídos os ajustes nos projetos, será feito um novo orçamento para a realização das obras.

Adaptações no projeto e reivindicação da comunidade

A primeira data de conclusão da casa de bombas da Vila Kipling, com obras iniciadas em 2013, era para 2015, mas a obra se estendeu. Em 2018, o espaço era considerado praticamente pronto para uso e faltava a compra das bombas. No entanto, houve avaliação de que seria necessária outra casa de bombas na Vila Getúlio Vargas. Readequações foram feitas no projeto da Avenida Alcântara com a transposição de canos, escoando a água da Vila Getúlio Vargas para a Kipling, a fim de eliminar a necessidade da segunda casa de bombas. Porém, a atual gestão municipal considerou inviável ficar apenas com a casa de bombas da Kipling.

Em 2022, a Prefeitura abriu licitação de R$16,5 milhões para urbanização da Vila Getúlio Vargas e conclusão da casa de bombas para atender as duas vilas, mas não houve empresas interessadas. Por orientação da Caixa, a prefeitura separou os projetos, um para a casa de bombas e outro para a urbanização da Getúlio Vargas.

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Expectativa

Moradores da região esperam por soluções para as cheias que acontecem na região nos períodos de chuva. Apesar das limpezas realizadas nos arroios e bueiros, habitantes da região enxergam o funcionamento da casa de bombas como uma alternativa no cenário de enchente.

A dona de casa Sirlei Klein diz que em casos de chuvas intensas, só a casa de bombas pode dar conta para não ocorrer alagamento nas casas. “Quando dá aquela chuva forte faz um estrago dentro de casa. Para melhorar em questão das enxurradas só arrumando a casa de bombas”, opina.

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