Servidores do Inmet decidem paralisar atividades nesta quarta (29/10)

Servidores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de sete estados mais Distrito Federal vão paralisar as atividades nesta quarta-feira (30/10), como forma de protesto contra o desmonte vivenciado pelo órgão ao longo dos anos. O instituto completará 115 anos no próximo mês.

Farão parte da paralisação, além de servidores do DF, representantes dos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, Rio Grande do Sul e Pernambuco. O Dia Nacional de Paralisação foi aprovado em reunião ampliada no dia 18 de outubro.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) diz ter levado ao conhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ao qual o Inmet é vinculado, as condições de trabalho enfrentadas pelos servidores, além de pautar a necessidade de reestruturação e correção de distorções das carreiras do órgão.

A direção da confederação elaborou o manifesto, intitulado “Quem responderá pelo apagão climático no Brasil?”, e o entregou ao secretário-executivo do ministério. O texto menciona que o instituto completará 115 anos em 17 de novembro e, justo neste ano, foi contemplado com o menor orçamento anual de sua história.

“Cerca de 25% do valor necessário para o correto funcionamento da instituição. Fato que ocasionou a paralisação de diversos serviços, entre eles, o monitoramento meteorológico, o atendimento ao público e aos veículos de comunicação”, aponta o manifesto.

Manifestações nos estados

Os servidores dos estados que vão participar da paralisação farão manifestações e atividades de protesto durante esta quarta-feira, com o intuito de chamar atenção para o caso.

Entre as pautas do Dia Nacional de Paralisação, estão: suspensão das demissões de trabalhadores terceirizados, melhores condições de trabalho, enquadramento dos servidores do Inmet na carreira de Ciência e Tecnologia e abertura de diálogo institucional para reestruturação do órgão.

A Condsef solicitou audiência com o Mapa para tratar do assunto. O pedido foi enviado, também, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo.