Defesa Civil quer revisar plano de contingência de Canoas; entidade de ajuda humanitária promove capacitação

Próximo de completar um ano da enchente e duas semanas após o vendaval que colocou a cidade novamente em situação de emergência, Canoas deverá revisar seu plano de contingência de eventos climáticos extremos. O primeiro passo é a capacitação oferecida pelo Programa Defesa Alerta nesta segunda-feira (14), no Auditório Sady Schivitz, no Centro.

O curso é promovido pela Secretaria Municipal de Defesa Civil e Resiliência Climática e pela entidade de ajuda humanitária Humus Brasil e orienta sobre prevenção, preparação, resposta e recuperação em relação a eventos climáticos extremos. 

“É para que possamos de fato estar preparados para caso ocorre um novo desastre na nossa cidade. Para que juntos com voluntários, subprefeitos e equipes de governo, cada um sabendo qual a sua função e como atuar para que possamos dar uma resposta rápida. Salvar vidas também passa pela prevenção”, explica o secretário da Defesa Civil de Canoas, Vanderlei Marcos.

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Capacitação do Programa Defesa Alerta ocorreu nesta segunda-feira (14)



Capacitação do Programa Defesa Alerta ocorreu nesta segunda-feira (14)

Foto: Nicole Goulart/Especial

A ação de aperfeiçoamento é voltada para profissionais que atuam diretamente na gestão de desastres. Cerca de 40 pessoas, entre funcionários da administração municipal canoense, comunidade e integrantes das defesas civis de Glorinha, Nova Santa Rita e Santo Antônio da Patrulha estiveram presentes na capacitação.

“Por isso a importância dos colegas das mais variadas secretarias estarem participando conosco o dia todo desta atividade. É o primeiro passo para que possamos abrir a nossa mente e na sequência construir juntos com os colegas, junto com as associações de moradores e voluntários, um plano de contingência eficaz para a nossa sociedade”, destaca o secretário.

Pensar em diferentes cenários

O principal tópico abordado foi a criação de planos de contingência, obrigação prevista em lei. Não apenas de um, mas vários onde cada plano aborda cenário e necessidades específicas. Afinal, as demandas de uma enchente não são as mesmas de um vendaval, alagamentos, estiagem ou chuva de granizo. 

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A projeção de situações e como se comportar integra as funções da Defesa Civil de prevenir, mitigar, preparar, responder e recuperar. O plano de contingência faz parte das fases de preparação e resposta, segundo a entidade. Tudo isso para prevenir e minimizar os impactos de um evento climático de grandes proporções.

Para o cofundador da Humus Brasil, Leonard de Castro Farah, quanto menos de previne, mais desastres acontecem. “Toda vez que nós investimos em prevenção e não acontece nada quer dizer que você salvou a cidade inteira. Essa é a grande beleza da prevenção. O grande problema é que quando não investimos, vamos saber as pessoas que foram atingidas. Investir na prevenção é economizar na resposta da reconstrução”, destaca. 

Testar e compartilhar

“Plano de contingência tem que ser testado.” Esta foi a máxima aprendida por quem participou da capacitação. O documento precisa ser direto, explicativo e ilustrativo, respondendo sobre cenário de risco, monitoramento, alerta, alarme, fuga, abrigamento, restabelecimento, assistência e socorro. 

Por esta razão, o município precisa pensar qual são os principais problemas enfrentados para elaborar seus planos. O secretário da Defesa Civil de Canoas, Vanderlei Marcos, cita os vendavais e os alagamentos na Praia do Paquetá como eventos frequentes nos últimos anos. “Nós estamos em situação de emergência porque somos testados todos os dias. O clima do nosso Estado nos dá essa condição de preparo, inclusive recentemente tivemos rajadas de vento que passaram dos 120 km/h que causou destelhamentos”, afirma.

O documento – que precisa ser compartilhado com a população – também precisa contar com a presença e conhecimento das demais secretarias municipais, órgãos públicos e entidades privadas que possam atuar de forma técnica na ocorrência. As pastas de Obras, Assistência Social, Habitação, Transporte são algumas das citadas junto com Brigada Militar, Samu, Corpo de Bombeiros, ONGs e empresas. 

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