Ala de Marina Silva é derrotada e fica novamente sem o comando da Rede

A ala da Rede Sustentabilidade ligada à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi derrotada e ficou novamente de fora do comando do partido. A sigla, fundada em 2015 pela ambientalista, elegeu neste domingo (13/4) Paulo Lamac como novo presidente. Ele é secretário municipal de Relações Institucionais de Belo Horizonte (MG) e ligado à atual dirigente da sigla, Heloísa Helena.

Na votação realizada num congresso partidário em Brasília (DF), a chapa “Rede Pela Base”, encabeçada por Paulo Lamac, foi eleita com 216 votos, o que representa 73,5% do total de delegados. A chapa “Rede Vive”, liderada pelo coordenador nacional de Organização do partido, Giovani Mockus, recebeu 78 votos, 26,5% do total. O segundo grupo é ligado a Marina Silva.

Como mostrou o Metrópoles, a corrida pelo comando da Rede gerou brigas na Justiça entre os aliados de Heloísa Helena e de Marina Silva. O grupo ligado à ministra apontou falhas no processo de eleição dos delegados estaduais do partido, que são os líderes aptos a votar para a presidência da sigla. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) chegou a suspender o Congresso da legenda, mas posteriormente reviu a decisão.

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Giovani Mockus e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade.

Marina Silva participa de evento nos EUA
Heloísa Helena, presidente da Rede: grupo fala em "chantagem"
Ex-aliadas, Marina Silva e Heloísa Helena estão em grupos antagônicos na Rede
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Heloísa Helena e Paulo Lamac, novo presidente da Rede Sustentabilidade.

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Giovani Mockus e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade.

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Marina Silva participa de evento nos EUA

Diogo Zacarias/MF

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Heloísa Helena, presidente da Rede: grupo fala em “chantagem”

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Ex-aliadas, Marina Silva e Heloísa Helena estão em grupos antagônicos na Rede

Reprodução/Redes Sociais

Na ocasião, a Rede alegou que o processo cumpriu as regras previstas no estatuto e argumentando que “já foram investidos aproximadamente R$ 1,2 milhão de reais, oriundos do Fundo Partidário, na realização de todo o processo eleitoral”. O partido citou “emissão de passagens e hospedagens como um dos custos do evento, realizado em Brasília.

As duas alas não se entendiam sobre a validade dos delegados escolhidos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A Justiça entendeu que os votos dos representantes desses estados devem ser computados subjudice.

Ao final do processo de eleição interna para a direção nacional da Rede, Iaraci Dias, representante da ala de Marina Silva, também ficou com cargo. A medida, segundo o partido, acontece para cumprir “a premissa de direção compartilhada entre um homem e uma mulher”.

“A realização do Congresso reforça a legalidade e a transparência do processo de eleição da nova composição do Elo Nacional da Rede, conduzido de forma intensa, ampla e democrática”, completou a sigla. A ministra também falou durante o evento. “Democracia é isso: temos que discutir. A Rede é um ecossistema, tem lugar para todo mundo. Por isso, lutamos tanto para criar a Rede”, comentou.

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