Brasil quer liderar o turismo na América do Sul e apresenta novo plano internacional

Plano de marketing turístico internacional

Plano de marketing turístico internacional

O Brasil está mirando alto no turismo internacional — e, pela primeira vez desde 2020, apresentou um novo Plano Internacional de Marketing para fortalecer a imagem do país lá fora. A proposta foi mostrada nesta segunda (14), durante a 64ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Turismo (CNT), dentro da WTM Latin America, em São Paulo.

A ideia é clara: até 2027, o Brasil quer se tornar o principal destino de turistas na América do Sul. E, para isso, o plano se apoia em cinco pilares: sustentabilidade, autenticidade, inovação, inteligência de mercado e estímulo a negócios. Nada mal para quem tem um território continental cheio de possibilidades — e desafios.

O plano foi construído em diálogo com o setor, envolvendo a Câmara Temática de Promoção e Comercialização do Turismo, e agora aguarda oficialização por portaria do Ministério do Turismo. A expectativa é que o lançamento oficial ocorra no dia 19 de maio, no Rio, durante o Visit Brasil Summit.

“Estamos superando todos os recordes e o momento é de crescimento”, disse o ministro Celso Sabino, em mensagem aos conselheiros. Já a secretária executiva do ministério, Ana Carla Lopes, destacou a importância do alinhamento entre os setores público e privado e reforçou que o plano é fruto de escuta qualificada e compromisso com a valorização da diversidade brasileira. O discurso é bonito — resta ver a execução.

Segundo Bruno Reis, diretor de Marketing e Sustentabilidade da Embratur, o plano quer posicionar o Brasil como um destino de experiências únicas para diferentes perfis de viajantes. Com a imagem internacional ainda em reconstrução, a estratégia pode ser um passo importante — desde que venha acompanhada de ações integradas e reais melhorias na estrutura turística.

Além do plano, a reunião também abriu espaço para discutir a regulamentação da nova Lei Geral do Turismo. Foram apresentados 10 atos infralegais — entre eles, um que trata dos procedimentos mínimos para entrada e saída de hóspedes em meios de hospedagem. Um tema aparentemente simples, mas que, segundo o Ministério do Turismo, é uma demanda antiga do setor hoteleiro.

Outro destaque: a entrada da ABRAFESTA, da Associação Brasileira de Eventos e da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) na Câmara Temática de Legislação Turística. O setor vai ganhando corpo — e vozes.

O que dá pra sentir no ar é que o Brasil está mesmo tentando se reposicionar no turismo global. Mas, como sempre, o sucesso vai depender de articulação, investimento e — principalmente — continuidade. Porque planos no papel, a gente já viu muitos.

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