Cobra mais venenosa das Américas é vista ‘passeando’ em praça pública

serpente surucucu
Foto: Divulgação Instituto Butantan

Em uma praça do município de Alta Floresta, norte de Mato Grosso, aquela que é considerada a maior cobra peçonhenta de toda a América foi encontrada em praça pública, à vista de todos (veja o vídeo abaixo).

De coloração alaranjada e manchas escuras ao longo do corpo, a surucucu (Lachesis muta) apresenta em sua cauda escamas arrepiadas que remetem à casca de uma jaca – por isso, são popularmente conhecidas como surucucu-pico-de-jaca.

Essas espécies podem superar os três metros de comprimento e costumam viver em áreas de florestas tropicais do Panamá, da Costa Rica e Nicarágua. Na América do Sul, habitam matas no Brasil, Equador, leste do Peru, na Bolívia, nas Guianas, na Colômbia, em Trinidad e na Venezuela.

De acordo com o Instituto Butantan, o veneno da espécie é extremamente potente e ataca o sistema circulatório, ocasionando dor extrema e podendo levar à morte se a vítima não for tratada devidamente com um soro antibotrópico-laquético.

Quando a peçonha é inoculada na vítima, dá-se início a uma ação citotóxica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica. Assim, a substância provoca reações como inchaço, dor local, necrose, problemas de coagulação, hipotensão, além de diarreia e diminuição do ritmo cardíaco.

Segundo o Instituto, entre as serpentes peçonhentas de todo o mundo, ela perde em tamanho apenas para cobra-rei (Ophiophagus hannah), que costuma superar os 5 metros.

Características e comportamento

surucucu pico-de-jaca - maior cobra venenosa das Américas
Surucucu. Foto: Divulgação Instituto Butantan

As surucucus possuem cabeça triangular, fosseta loreal e presa inoculadora de veneno. A espécie tem hábitos solitários e noturnos, geralmente ativas ao anoitecer ou depois de escurecer, como foi flagrada em Alta Floresta.

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Ainda de acordo com o Instituto Butantan, a surucucu-pico-de-jaca rasteja na terra e, ao se sentir ameaçada, vibra sua cauda esbarrando nas folhas para produzir som na tentativa de espantar um possível predador.

O órgão destaca que esse tipo de serpente é carnívora e se alimenta, principalmente, de pequenos mamíferos, como roedores de pequeno e médio porte, tais como ratos, camundongos, pacas e cotias.

Ocorrência de picadas da cobra

Casos de picadas de surucucu em humanos não são muito comuns, assegura o Instituto Butantan. Isso justamente por essas cobras terem hábitos noturnos e se esconderem em matas fechadas.

Desta forma, estima-se que apenas em torno de 2% dos casos de picadas de serpentes registrados no Brasil sejam de surucucu.

Para se prevenir de uma picada é importante evitar locais de mata fechada já a partir do cair da noite, além de usar sempre botas de cano alto ou botinas ao caminhar.

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