Caso Ana Beatriz: pai não conheceu a bebê morta pela mãe e crê que esposa teve surto psicótico

Pai de Ana Beatriz acredita que a mãe teve um surto psicótico, pois a gravidez havia sido planejada - Foto: Reprodução/TV Pajuçara/ND

Pai de Ana Beatriz acredita que a mãe teve um surto psicótico, pois a gravidez havia sido planejada – Foto: Reprodução/TV Pajuçara/ND

Jaelson da Silva Souza, trabalhador rural e pai da bebê Ana Beatriz, morta pela própria mãe em Novo Lino (AL) – a 120 km de Maceió -, revelou nesta quarta-feira (16) que a sua esposa, Eduarda, jamais apresentou sinais de agressividade e acredita que ela teve um surto psicótico. Eles estão juntos há dez anos.

“Acho que foi um momento de surto dela, ela não planejou fazer isso”, declarou o pai em entrevista à TV Pajuçara, afiliada à Record no estado. Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida quando foi assassinada. Jaelson estava em São Paulo a trabalho, mas teve seu retorno adiantado quando soube da notícia.

Gravidez de Ana Beatriz foi planejada, segundo pai

Segundo Jaelson, o casal havia planejado ter uma filha meses antes. Durante a gestação, ele diz que a mão estava animada. “Era um bebê planejado. Ela dizia que não via a hora de estar com a filha nos braços. E teve um desfecho desse? É um negócio que não tem explicação”, contou em lágrimas.

Quando Ana Beatriz foi dada como desaparecida, na sexta-feira (11), Jaelson trabalhava em uma usina em São Paulo. Ao falar sobre a situação no trabalho, seu chefe pagou uma passagem de avião para ele acompanhar o caso de perto.

Inicialmente, a mãe havia dito que a bebê tinha sido sequestrada. Após a polícia “apertar o cerco” no depoimento, na terça-feira (15) ela confessou o assassinato e indicou o local onde o corpo da filha estava escondido.

Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida - Divulgação/ND

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Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida – Divulgação/ND

Seu corpo foi encontrado dentro de um pote no armário da casa da mãe - Divulgação/ND

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Seu corpo foi encontrado dentro de um pote no armário da casa da mãe – Divulgação/ND

Caso Ana Beatriz: corpo de bebê foi achado no armário de casa, enrolado em um caso plástico

Após a confissão, agentes da Polícia Civil de Alagoas foram até a casa da mãe, onde encontraram o corpo de Ana Beatriz em um armário no quintal da casa, enrolado em saco plástico em um pote com sabão em pó.

Antes da confissão, mãe havia dado diferentes versões à polícia. No dia do desaparecimento, ela informou que estava aguardando um ônibus às margens da BR-101, quando foi abordada por quatro criminosos que tomaram a criança de seus braços. Depoimentos de testemunhas, porém, derrubaram a versão inicial.

Em seguida, a mãe apontava que o sequestro ocorreu por ocupantes de um carro preto, enquanto ela estava a caminho da casa da sogra. No entanto, testemunhas negaram a presença do veículo e disseram ainda que viram Eduarda sair de casa e visitar uma vizinha sem a filha.

Mãe apresentou várias versões em depoimentos e foi contrariada por testemunhas - Foto: Divulgação/ND

Mãe apresentou várias versões em depoimentos e foi contrariada por testemunhas – Foto: Divulgação/ND

Ao ser confrontada, ela mudou mais uma vez o depoimento. Ela declarou que os suspeitos estavam a pé, depois armados com uma faca, depois desarmados.

Eduarda relatou que dois homens encapuzados, usando luvas e casacos, invadiram sua casa durante a madrugada, após ela esquecer a porta aberta. A dupla teria abusado sexualmente dela e, em seguida, levado a sua filha. Vizinhos negaram terem ouvido qualquer barulho durante a madrugada.

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