Associação Pandorga celebra trabalho e conscientiza sobre o autismo

A Associação Pandorga promoveu uma tarde de confraternização entre atendidos da instituição, familiares e comunidade nesta quarta-feira (16), a fim de marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado no último dia 2.

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Entidade sem fins lucrativos, a Pandorga atende autistas graves da região, juntamente com o setor Pandorga Formação, em dois centros de convivência: Pandorga Criança, voltado a crianças; e Casa da Pandorga, para atendidos adultos. Ambos situam-se em São Leopoldo e, atualmente, entre os 33 atendidos, integram 29 moradores do município, três de Novo Hamburgo e um de Estância Velha.

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Visibilidade

Para celebrar a data alusiva à Conscientização sobre o Autismo, a entidade realizou uma tarde de atividades e integração no Parque Imperatriz Leopoldina. “A nossa ideia é conscientizar a sociedade, pra a gente dar um pouco mais de visibilidade tanto pro autista quanto pro nosso atendimento, o nosso trabalho da Pandorga”, lembrou a assistente social da instituição, Gisele Cardozo Moreira.

A confraternização reuniu atendidos, familiares e comunidade. No local, além de aproveitar rede, bola e jump, os participantes puderam fazer uma trilha adaptada e e curtir música, atividade que os atendidos têm três vezes por semana na instituição. “Eles gostam de movimento. Então, a gente pensou num espaço amplo, protegido pra eles, mas que tem algumas coisas que eles gostam de fazer”, explicou a orientadora social da Pandorga, Priscila Gomes, citando que foi a primeira vez que a entidade promoveu um passeio no local.

Além de decoração lembrando a data, dois balões sobre a mesa de lanches chamavam a atenção. Em formato de estrela, eles traziam os nomes Daniel e Alissa, homenageando dois atendidos pela instituição que faleceram neste ano.

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“Na nossa vida foi essencial”

O evento foi uma oportunidade para mostrar que o trabalho realizado pela Pandorga, ao longo de 30 anos, tem transformado a vida de muitas pessoas, como salienta Andrea Franck, mãe de Júlia Franck, de 21 anos, atendida pela associação desde 2017. “A Júlia é muito feliz com o atendimento que recebe na Casa da Pandorga. Ela adora as atividades de música, inclusive tem a própria playlist”, diz Andrea. “A Pandorga trouxe mais independência pra Júlia, as atividades são pensadas para que ela tenha mais autonomia e tudo isso acontece respeitando o tempo dela”, acrescenta.

O mesmo destaca Jandira Araújo, 40 anos, mãe de Gabriel Araújo Barcelos, 17 anos, que participa da Pandorga há cerca de 12. “Ele não fica sem a Pandorga. É maravilhoso, ele ama as professoras, tem aquela rotina de levantar, almoçar e ir pra escola”, conta, ressaltando que ele já esteve na casa voltada às crianças e, agora, está no espaço para os adultos. “Ele faz atividades, pinta, tem a hora do lanche, da higiene. Ele ama ficar lá. A Pandorga na nossa vida foi essencial.”