Paquistão fecha espaço aéreo e cancela vistos para indianos

Índia e Paquistão estão se aproximando de um confronto militar. Islamabad, capital do Paquistão, fechou o espaço aéreo para aeronaves indianas e informou que os vistos emitidos para cidadãos indianos seriam cancelados.

A decisão ocorre em meio às acusações mútuas entre Índia e Paquistão sobre o ataque ocorrido na Caxemira, que deixou 26 mortos.


O que está acontecendo?

  • Homens armados abriram fogo nessa terça-feira (22/4) perto de um resort na parte da Caxemira administrada pela Índia, deixando ao menos 26 turistas mortos, segundo informaram autoridades indianas.
  • A área da Caxemira é disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão.
  • O governo indiano alegou que dois dos três suspeitos pelo tiroteio eram paquistaneses. Diante da acusação, a Índia suspendeu um tratado de seis décadas sobre as águas do rio Indo, o acordo de compartilhamento de água que envolve o Paquistão.

Após o ataque de terça-feira (22/4), que deixou 26 turistas mortos, a Índia ordenou o retorno de seus cidadãos que estão no Paquistão, enquanto o governo paquistanês expulsou vários diplomatas indianos.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, após a Índia informar que os suspeitos seriam paquistaneses, o país alegou que o vizinho sustenta o “terrorismo transfronteiriço” e suspendeu o tratado sobre as águas do rio Indo.

Diante da acusação, o Paquistão convocou uma reunião do comitê de segurança nacional, fechou o espaço aéreo para aeronaves da Índia e informou que os vistos emitidos para cidadãos indianos seriam cancelados. O país também rejeitou a suspensão do tratado de fornecimento de água do rio Indo.

“O Paquistão declara os conselheiros indianos de defesa, navais e aéreos em Islamabad persona non grata. Eles estão instruídos a deixar o Paquistão imediatamente”, informou um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, Shehbaz Sharif.

O governo do Paquistão também ordenou o fechamento de fronteiras e o cancelamento do comércio. Segundo eles, qualquer tentativa de suspender o compartilhamento de água será vista como um ato de guerra. “Qualquer ameaça à soberania do Paquistão e à segurança de seu povo será enfrentada com medidas recíprocas firmes em todos os domínios”, acrescentou Sharif.

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