Caso de mulher que morreu após ser arrastada por 160 metros é julgado em Dois Irmãos; veja sentença do réu

Um caso de atropelamento que chocou a comunidade de Dois Irmãos teve desfecho nesta quinta-feira (24). Guilherme Paulo Paetzhold, o motorista acusado de atropelar e arrastar Maria Sênia Fröhlich, de 55 anos, por cerca de 160 metros, foi a Júri Popular. O caso aconteceu em dezembro de 2016. 

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Câmera registrou momento em que o condutor retirava vítima presa ao para-choque | abc+



Câmera registrou momento em que o condutor retirava vítima presa ao para-choque

Foto: Reprodução

Quase oito anos depois, o julgamento, presidido pelo juiz Miguel Carpi Nejar, titular da Vara Judicial da Comarca de Dois Irmãos, teve início por volta das 9 horas e encerrou em torno das 15h30, depois do réu ser interrogado e dos debates entre acusação e defesa. 

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Ao fim da sessão, o magistrado acolheu a decisão do Conselho de Sentença, o caso, que era tratado como homicídio doloso, foi desclassificado para homicídio culposo – quando a morte é provocada sem a intenção de matar. Com isso, Paetzhold foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime aberto. A sentença está sujeita a recurso. 

O Ministério Público foi representado pelo promotor Wilson Grezenna e a defesa do réu pelo advogado Nelson da Silva Silveira. 

Relembre o caso 

Na noite de 1º de dezembro de 2016, Maria foi atropelada por um Renault Sandero prata no bairro Floresta, por volta das 23 horas. Conforme a denúncia do MP, após o impacto o braço da vítima ficou preso na lataria do carro. A mulher foi arrastada por aproximadamente 160 metros.

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Ao perceber o acidente, Paetzhold soltou o corpo preso ao veículo e fugiu em alta velocidade, sem prestar socorro à vítima. Essa ação foi flagrada por câmeras de segurança. 

Sandero foi encontrado em residência no bairro Floresta, em Dois Irmãos, após atropelamento; vítima morreu | abc+



Sandero foi encontrado em residência no bairro Floresta, em Dois Irmãos, após atropelamento; vítima morreu

Foto: Brigada Militar/Divulgação

Maria foi socorrida por populares. Primeiro foi levada para um posto de saúde em Dois Irmãos e, depois, encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas, onde faleceu. A causa da morte foi traumatismo craniano. 

A denúncia do MP ainda aponta que o réu tentou apagar vestígios do crime, como espalhar cinzas de carvão nas rodas e limpar marcas de sangue do automóvel. Além disso, elementos dos autos indicam que ele dirigia o veículo com sinais visíveis de embriaguez, com olhos avermelhados, fala embaçada e hálito etílico. Contudo, Paetzhold se recusou a realizar o teste do bafômetro. 

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Após fugir do local do acidente, o reú foi localizado na casa dos seus pais, que informaram a Brigada Militar sobre o atropelamento. O motorista foi preso em flagrante por homicídio doloso, omissão de socorro, fuga do local do acidente e embriaguez, sem possibilidade de fiança. 

O espaço está aberto para contraponto defesa do condenado. 

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