Documentário destaca a trajetória de duas décadas do Sul em Dança; saiba onde assistir

Com uma programação especial de atividades, e destacando também o Dia Mundial da Dança – celebrado em 29 de abril –, o Teatro Municipal foi o escolhido para a estreia do documentário que conta a história dos 20 anos do Sul em Dança, considerado o maior festival do gênero no Rio Grande do Sul e um dos maiores do Brasil.

Margit Kolling, na estreia do documentário Sul em Dança 20 anos, em São Leopoldo, cidade berço do projeto que promove a dança



Margit Kolling, na estreia do documentário Sul em Dança 20 anos, em São Leopoldo, cidade berço do projeto que promove a dança

Foto: Divulgação

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O evento ocorreu durante todo o sábado (26) e contou com oficina de produção cultural, workshop de videodança e a palestra Dança como referência empreendedora, com Margit Kolling, diretora-geral do projeto. A exibição do documentário ocorreu na noite de sábado e contou com a presença do prefeito Heliomar Franco.

O documentário Sul em Dança – 20 Anos foi gravado entre agosto de 2024 e março deste ano, com produção de Luka Ibarra, da Lucida Desenvolvimento Cultural, e direção de Fernando Muniz, da produtora de vídeo MOOV.art. A realização é do Ministério da Cultura, Prefeitura de São Leopoldo e Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult). A obra foi realizada com recursos da Lei Complementar 195/2022 – Lei Paulo Gustavo.

O filme deve ser disponibilizado nos próximos dias no canal do festival no Youtube e será apresentado, também, em todas as edições do evento.

Inícios

À reportagem, Margit lembrou que nasceu, foi criada e ainda mora em São Leopoldo, onde também tem a sua empresa. “São Leopoldo representa todos os meus inícios: onde eu comecei a trabalhar, onde comecei a atuar profissionalmente e onde iniciou o Sul em Dança. Então, eu fiz questão de contar a história do festival honrando nossa cidade e a partir do ponto de vista de São Leopoldo também”, disse, mencionando que grande parte da sua equipe também é leopoldense.

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“A vitrine da dança do nosso Estado”

“Minha alma sempre soube que o Sul em Dança ia se tornar um grande festival, uma grande potência. Talvez eu não enxergasse o caminho”, comentou Margit, sobre como o Sul em Dança foi se construindo, de como ela se preparou e os sinais positivos que recebeu para conseguir viabilizá-lo.

“Acredito que eu não tinha a dimensão da repercussão e do impacto que o festival causa e já causou durante esses 20 anos. Não só nos participantes, nas escolas, bailarinos, nos profissionais envolvidos, estudantes da rede de ensino, educandos de projetos sociais, mas todo o impacto na comunidade, as possibilidades que o festival traz e trouxe em várias instâncias”, ponderou, reforçando que muitas vidas foram impactadas, principalmente a dela. “É uma cadeia produtiva enorme, é uma rede de possibilidades, é uma vitrine. O Sul em Dança hoje é a vitrine da dança do nosso Estado”, afirmou.

“Sou muito grata por todos que possibilitaram que a gente conseguisse chegar nesses 20 anos e sou muita grata a toda equipe que caminha e caminhou, até então, ao meu lado. E também a todos os participantes e cada um que pisou nos nossos palcos. São todos esses que constroem a nossa história”, destacou a diretora.

Trajetória cinecoreográfica

Diretor do documentário, Fernando Muniz é bailarino e formado em Cinema. “Quando eu estava na faculdade de Cinema e começando a dançar, o primeiro festival que dancei foi, na época, o São Leopoldo em Dança, em 2008”, recorda, sobre sua relação com o evento, que mais tarde se tornou o Sul em Dança.

Tempos depois, já com sua produtora montada, começou a trabalhar com Margit na cobertura do festival. Em 2023, a partir da Lei Paulo Gustavo e com evento completando 20 anos surgiu a ideia de fazer um documentário.

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Uma história dos bastidores aos palcos

Muniz conta que a produção, de 40 minutos, traz pessoas que já passaram pelo Sul em Dança, como diretoras, bailarinas que depois se tornaram diretoras de escolas, participantes que já estiveram em várias edições, entre outros. Com intenção de também destacar o passado do festival, que teve início na Sociedade Ginástica leopoldense, algumas dessas pessoas foram convidadas a revisitar o local. “O documentário começa acompanhando as pessoas entrando lá e vendo aquele espaço que trouxe tantas vivências, memórias e tanta emoção pra elas”.

O diretor lembra que a 21ª edição do festival, que seria em 2024, precisou ser adiada em função das enchentes. E, pensando em abordar como será o futuro, além de honrar as pessoas que fazem o festival acontecer, mas muitas vezes não aparecem, a produção é finalizada com elas. “O documentário encerra com parte da equipe no palco do teatro da Fiergs, contando um pouquinho das suas histórias e também dessa perspectiva de futuro. Aquelas pessoas que geralmente estão nas coxias, no backstage, terminam o documentário em cima do palco do Sul em Dança”, completou.

Workshop ressaltou a Videodança

No sábado, dentro da programação de lançamento do documentário, Muniz também palestrou o workshop Videodança. “Uma das linguagens que me especializei é a Videodança, que é um trabalho artístico, de vídeo com a dança, não simplesmente um trabalho publicitário ou mesmo algo de registro de palco”, justifica. “Existe uma composição entre a câmera, o corpo, a coreografia, o espaço. Então, quis trazer um pouco desse entendimento de como a gente consegue deixar esse trabalho mais artístico e refinado”, complementou. 

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Mais sobre o Sul em Dança

Durante 20 anos, o Sul em Dança envolveu mais de 70 mil bailarinos, realizou 10 mil apresentações, mais de 3 mil horas de dança, com investimento de R$ 214 mil em premiações, 1.089 grupos de dança e 227 mil pessoas alcançadas..

O festival surgiu em 2003, em São Leopoldo, e de lá para cá passou por diferentes palcos, como a Sociedade Ginástica, o Ginásio Municipal Celso Morbach e o Centro de Eventos, até deixar o município, em 2016, para ser realizado no Teatro da Feevale, em Novo Hamburgo e chegar, a partir de 2017, no Teatro da Fiergs, em Porto Alegre – onde ainda é realizado atualmente.

Em 2025, a programação do Sul em Dança ocorre de 13 a 18 de maio, na Fiergs. 

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