ETFs de criptoativos registram recorde de entradas no ano: US$ 3,4 bilhões

Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de criptoativos alcançaram um marco histórico nesta última semana. Os produtos registram a maior entrada de capital desde dezembro e a terceira maior da história.

Segundo dados da CoinShares, dos quais compartilhou o analista Cauê Oliveira no X, os ETFs atraíram US$ 3,4 bilhões em novos investimentos. Com o Bitcoin (BTC) liderando de forma absoluta, ao captar US$ 3,2 bilhões desse total.

Para especialistas, o movimento reflete uma renovada confiança dos investidores no Bitcoin, apesar de sentimentos mistos no setor.

Recorde de entradas nos ETFs de criptoativos

O relatório da CoinShares é uma das principais fontes de dados sobre o mercado de criptoativos no que tange ETFs e produtos de bolsa. Ele revelou que a semana de 25 de abril de 2025 foi excepcionalmente positiva para os ETFs de ativos digitais.

O fluxo de US$ 3,4 bilhões é o maior registrado desde dezembro de 2024 e posiciona o período como o terceiro mais significativo na história desses produtos financeiros. O gráfico compartilhado por Cauê Oliveira no X ilustra a evolução dos fluxos semanais desde a semana 31 de 2024.

Houve picos de entradas como US$ 4,3 bilhões na semana 47, US$ 3,5 bilhões na semana 48. E, agora, US$ 3,4 bilhões na semana 17 de 2025.

Ademais, os dados também mostram momentos de saída de capital, como na semana 5 de 2025, quando os ETFs registraram uma retirada de US$ 1,5 bilhão. E na semana 11, com uma saída de US$ 794,8 milhões.

Esses fluxos negativos contrastam com os períodos de entrada massiva, evidenciando a volatilidade típica do mercado cripto. No entanto, o pico recente de US$ 3,4 bilhões indica um renovado otimismo entre os investidores, especialmente em relação ao Bitcoin.

Entradas líquidas mantém otimismo

Na visão de Guilherme Prado, country manager da Bitget, as entradas líquidas expressivas em ETFs de criptoativos foi um dos impulsionadores decisivos que fazem o BTC manter sua trajetória de força. Além disso, fatores de regulação constrõem um cenário de suporte para sustentar essas entradas e novas demandas.

“No cenário político, o Arizona avança com projetos de lei para estabelecer reservas de Bitcoin, podendo se tornar o primeiro estado norte-americano a adotar oficialmente o ativo, um marco importante para a adoção institucional”, complementou.

Ele aponta que, no mercado, o BTC em dólar oscila entre US$ 90.000 e US$ 98.000. Dados da Bitget mostram que, no nível atual de US$ 95.239, uma queda de mil pontos pode liquidar mais de US$ 146 milhões em posições longas. Enquanto uma alta semelhante pode resultar em liquidações curtas de mais de US$ 279 milhões, evidenciando uma maior expectativa de correção no curto prazo.

“Apesar disso, o sentimento geral permanece de otimismo cauteloso, com baleias acumulando Bitcoin e investidores institucionais renovando sua confiança, o que reforça a perspectiva positiva para o ativo nas próximas semanas”, finaliza.

Domínio do bitcoin

Além disso, o Bitcoin foi o grande protagonista do fluxo de investimentos, captando US$ 3,2 bilhões dos US$ 3,4 bilhões totais. Isso significa que 94% dos novos aportes foram direcionados ao BTC. Algo que reforça sua posição dominante no mercado de criptoativos.

Por fim, Cauê Oliveira destacou no post que “não há sinais de qualquer outro ativo digital pelo menos próximo da demanda existente por BTC”.

Essa concentração reflete a percepção do Bitcoin como uma reserva de valor e um ativo mais seguro em comparação com outras criptomoedas. Especialmente em momentos de incerteza econômica.

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